O vereador da base do governo, Sinézio Rodrigues (PT), abriu o verbo durante entrevista nesta segunda-feira (21), na rádio A Voz do Sertão AM. Ao analisar a polêmica em torno da ausência de repasses e atrasos de pagamento de aposentados e pensionistas do município, o parlamentar chegou a dizer que o ex-prefeito Carlos Evandro teria cometido crime ao não priorizar os inativos. E defendeu que o pagamento da classe sempre foi “uma das bandeiras” de sua caminhada como sindicalista. O petista afirmou ainda que vai “tomar medidas” fiscalizatórias junto ao governo Duque, no sentido de evitar que ele incorra no erro do antecessor. E ameaçou até remexer no passado para encontrar uma resposta sobre os atrasos nos salários da categoria.

“Como vereador, vamos tomar as nossas medidas. Inclusive, com relação ao gestor atual. Eu tenho a responsabilidade com o que acontece a partir de agora e, se for preciso voltar ao passado não vamos nos furtar, pois o dinheiro foi descontado dos servidores e não foi repassado. Eu acredito que o antigo gestor deixou de priorizar a previdência para outras questões do governo, e por isso já cometeu um crime aí…  E se foi diferente do que isso o crime é bem maior!”, disparou Rodrigues, citando os órgãos de controle. “Cabe ao Tribunal de Contas, a Câmara de Vereadores e ao Ministério Público a investigação”.

O vereador da base do governo ratificou que, enquanto sindicalista, não vai abrir mão de bandeiras de luta históricas como sempre foi a questão do pagamento dos aposentados. “Mas a investigação não cabe ao sindicato. Se houver investigação, o prefeito da época vai dizer para onde foi esse dinheiro. Eu acredito que não foi para o bolso dele… Se conseguirmos resolver o pagamento de dezembro dos aposentados da educação resolveremos o de todos”, cogitou o parlamentar, citando que Luciano Duque não está sendo muito aberto para o diálogo com a própria base de governo. O que estaria arranhando a relação entre as partes.

FALTA DE DIÁLOGO

“Uma das primeiras questões que nós pedimos ao prefeito Luciano Duque é que se aparecessem problemas com relação aos servidores públicos, que ele discutisse com os vereadores (da base). E que nós deveríamos ser informados em primeira mão, para podermos buscar soluções sem estarmos trocando farpas. E isso, infelizmente, não aconteceu. O que é um erro”.