Do Diario de Pernambuco 

Nesta quarta-feira (2), a ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, anunciou que será o primeiro país da América Latina a produzir em massa a vacina russa Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya. Vizzoti comunicou que o Centro Gamaleya confirmou a qualidade das vacinas Sputnik V contra a Covid-19 que são produzidas pelo laboratório privado argentino Richmond e, deste modo, a Argentina foi autorizada a importar os antígenos para iniciar a fabricação em massa do inoculante. “Ontem fomos informados que esse controle de qualidade foi satisfatório e vamos avançar com firmeza na importação dos antígenos componentes 1 e 2 para que a Argentina faça parte da cadeia produtiva da vacina Sputnik. Este avanço vai permitir assim acelerar os nossos planos de vacinação”, afirmou Vizzoti na coletiva de imprensa.

Na Argentina aproximadamente 9,9 milhões de pessoas já foram vacinadas com a primeira dose, enquanto mais de 2,8 milhões de habitantes do país sul-americano foram imunizados com as duas doses. De acordo com a ministra ainda esta semana chegarão ao país os componentes 1 e 2 da Sputnik V. “Amanhã  chega ao país um vôo, que partiu hoje, com 800 mil doses da vacina Sputnik e temos um segundo vôo que trará mais 100 mil doses do componente 1 e 400 mil do componente 2, que chegará esta semana”, acrescentou.
Segundo Kirill Dmitriev, diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI), órgão que financiou o imunizante, a vacina russa Sputnik V tem gerado uma demanda frenética em todo o mundo. A Sputnik V usa uma tecnologia de adenovírus humano de dois vetores diferentes e que são administrados em duas injeções com 21 dias de intervalo. Até o momento, o inoculante foi licenciado em 66 países e conforme relatado em abril pelo RFPI, após a análise dos dados de 3,8 milhões de cidadãos russos vacinados, possui eficácia de 97,6%.