Armando 'vende alma ao diabo' para derrotar o PSBPor Giovanni Sá, editor do Farol

Publicado às 04h43 desta quarta-feira (25)

Certo está o radialista Geraldo Freire, da Rádio Jornal, que afirmou que ‘o político é feito de um outro barro’. De um barro diferente do nosso, simples mortais, eleitores e produtores de mitos.

Senão, como explicar a postura e a contradição do senador Armando Monteiro Neto (PTB), pré-candidato ao Governo de Pernambuco?

Ora, na semana passada, o pré-candidato foi um dos senadores que visitou o ex-Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, e saiu dando entrevistas de apoio e elogios ao ex-presidente, que o PT insiste em afirmar que vai registrar a candidatura de Lula, agora em agosto.

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Tudo mudou. Após ser pressionado pelo PSDB e pelo deputado anti-Dilma, Bruno Araújo, Armando botou a ‘viola lulista’ no saco, mudou o discurso, e anunciou apoio a Geraldo Alckmin. Logo ele que foi ministro de Lula.

“O nosso palanque, tendo em vista o apoio majoritário que recebe dos partidos dessa frente, estará sempre aberto para que o candidato Geraldo Alckmin possa trazer aos pernambucanos as suas propostas, neste momento tão importante e desafiador para o nosso País”, declarou Monteiro, numa clara demonstração em que os fins justificam os meios.

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Bobagem. O PT também já fez isso num passado recente.

Eufórico, após a postura oportunista de Armando, o deputado Bruno Araújo, que só faltou ter um orgasmo ao dar o voto pela queda de Dilma, devolveu o mimo. “Tendo em vista as declarações do senador Armando Monteiro Neto (PTB), de garantir em Pernambuco palanque para Geraldo Alckmin (PSDB), consideramos os episódios recentes superados. Vamos seguir trabalhando para apresentar as melhores propostas e caminhos aos pernambucanos”, argumentou Araújo.

Político é realmente feito de um outro barro!

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Neste jogo de interesses que alguns analistas políticos rotulam de ‘xadrez político’ ou ‘composição de forças’, os protagonistas só esqueceram um detalhe: combinar o final com o eleitor, que já esta de saco cheio de tantas contradições. E tenho dito!