Publicado às 05h05 desta sexta-feira (17) 

Uma concurseira indignada saiu da  Zona Metropolitana de Recife para protestar contra irregularidades no processo seletivo simplificado para contratação de profissionais de saúde para atuar no Hospital do Sertão Eduardo Campos e Hospital de Campanha (área externa).

Aline Fátima Oliveira, assistente social, procurou o Farol de Notícias para questionar diversos pontos que o governo deixou em aberto sobre os certames que tem lesado diversos profissionais participantes da seleção.

Leia o seu relato na íntegra:

“Referente a seleção simplificada do Hospital de Campanha Eduardo Campos Fiz ontem a prova objetiva, eu e outros candidatos, e no proceder da prova ficamos sabendo que não íamos ter acesso ao gabarito. Ao terminar procurei a coordenação do Tricentenário, mas eles não me deram maiores informações. A seleção não deixa de ser um certame, onde o candidato tem direito ao gabarito para ter o controle se você foi aprovado ou não, já está errado a partir desse momento.

Apenas um candidato foi convocado, só que para assistente social são 4 vagas e foi convocada uma candidata para a entrevista na (quinta-feira, 16). O controle está com o Tricentenário e a gente não tem como saber se foi aprovado, isso fere o princípio da publicidade. Eu quero saber das outras três vagas, onde se encontram?

Eu passei 7 horas para chegar aqui em Serra Talhada, gastei todos os recursos possíveis, minha família sempre tentando ajudar. Eu quero ter a oportunidade de saber se fui aprovada para poder passar para as outras etapas, eu quero ter o direito de participar de todas as etapas de forma honesta. Meu esforço foi muito grande para chegar até aqui e fazer essa prova.

Mas essa seleção já é um absurdo, não era para estar acontecendo. Eu sou a 8ª colocada do concurso da Secretaria Estadual de Saúde (SES), era para estar chamando os aprovados desse concurso, que só foi chamado uma candidata e falta o restante. Eu tinha a esperança de quando inaugurasse esse hospital eu fosse convocada, e para minha surpresa é uma Organização Social que está administrando esse hospital, o Tricentenário.

Eu quero a transparência, não foi divulgado o gabarito e isso fere o princípio da publicidade. Ele fere outro princípio também da isonomia, chamando os candidatos de forma desigual. Esse concurso abriu para três Geres, a VII, a IV e a XI, quando o estado convocou foi de forma desigual e gerou vacância. Se é um concurso a nível estadual e você chama de forma desigual você já fere o princípio”

Salários variam entre R$ 10 mil e R$ 1.500 em ST