Da Folha de PE
Um grupo internacional de astrofísicos, com brasileiro na equipe, descobriu um exoplaneta coberto de água, a 100 anos-luz da Terra. Por causa das suas características, o TOI-1452b está sendo chamado, pelos pesquisadores, de “super-Terra” ou “planeta-oceano”.
De acordo com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o exoplaneta se encontra distante o suficiente de sua estrela, o que permite supor a existência de vida nele. A pesquisa foi publicada neste mês de agosto, no centenário periódico The Astronomical Journal.
O astrônomo José-Dias do Nascimento, representante da UFRN no estudo, explica que o “planeta-oceano”, tem 1.67 vezes o raio do planeta Terra e leva 11 dias para dar a volta em torno da órbita de uma estrela anã M. Esta descoberta é fruto do SPIRou, instrumento que explora “novos mundos” utilizando a luz no infravermelho do Telescópio Canadá – França – Havaí Telescope (CFHT).
“O TOI-1452b é provavelmente um planeta rochoso como a Terra, mas seu raio, massa e densidade sugerem um mundo diferente do nosso”, falou José-Dias, que ainda explicou que a água pode representar 22% da sua massa, uma proporção semelhante às de algumas luas de Júpiter e de luas de Saturno.
A “super-Terra” está localizado próximo da zona de observação contínua do telescópio espacial James Webb Space Telescope, com isso, ele é considerado um dos principais alvos para a caracterização atmosférica no futuro.
O astrônomo do Rio Grande do Norte, e seu time – o Ge3 –, estudam a evolução das estrelas, sua estrutura e exoplanetas e têm trabalhado na caça de planetas extra solares. De acordo com o Astronomiaum, maior página de astronomia do Brasil, a equipe descobriu que o TOI-1452b se encontra na Constelação de Draco, dentro da “zona habitável”, por isso, possui a temperatura ideal para a existência de água na sua forma líquida.
