Foto: Arquivo/Farol
Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol
Publicado às 05h desta sábado (22)
Os ataques proferidos por um popular ao vereador China Menezes, na última terça-feira, em Serra Talhada, podem ser vistos, também, como a existência do preconceitos com relação aos que vêm das camadas populares. Sem mais nem menos, quando o parlamentar utilizava a tribuna, dentro dos seus quinze minutos por direito, o popular, que não poderia se manifestar, xingou Menezes de ‘merda’, que reagiu pedindo respeito.
Não se sabe, porém, porque o agressor se sentiu no direito de fazer o ataque. As redes sociais vibraram com memes e aplausos, mas ninguém pensou como ficou o China Menezes, em seu íntimo. De menino de rua, ex-engraxate, ‘pegador de fretes’ em feira livre, China se tornou vereador sendo o mais votado nas eleições passada, com mais de 2 mil votos. Ou seja, veio do seio do povo para o parlamento.
As perguntas que não querem calar? Os ataques teriam acontecido caso o vereador fosse oriundo de uma família tradicional da política serra-talhadense? Teria China sido atacado se tivesse o sobronome Oliveira ou Pereira, já que usa o ‘Menezes’ emprestado? Os xingamentos teriam acontecido caso morasse num bairro nobre e não no Vila Bela? Por isso acredito que o preconceito falou mais alto.
Por outro lado, Wallacy Kleyton Caboclo, é o nome de batismo de China, precisa tirar lições do episódio para seguir em frente. Como por exemplo, ser mais propositivo e menos ‘governo’, fazendo o real papel de fiscalizar as contas públicas. Pode ser um bom recomeço. O mais: é levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Preconceito, NÃO!
23 comentários em Ataques ao vereador China revelam traços do preconceito