Por que o marketing de Márcia não consegue diminuir sua rejeição?Publicado às 06h10 deste domingo (23)

Por Paulo César Gomes, Professor, escritor, pesquisador e colunista do Farol

Com base nos dados do Instituto Majoritário de Pesquisas e Estatísticas (Imape) em parceria com o portal Farol de Notícias divulgada nessa quinta-feira (20), no qual os dados da rejeição de possíveis pré-candidatos rumo às eleições do próximo ano em Serra Talhada são apresentados, resolvemos fazer uma breve análise sobre todo o cenário.

É possível verificar que a estratégia de centralização à propaganda publicitária da prefeita nas redes sociais não está funcionando, isso porque a rejeição de Márcia Conrado salta de 8,51% para 10,45% (entre os 16 e 24 anos), 10,38%(entre os 24 e 34 anos) teoricamente faixas etárias que utilizam com freqüências às redes sociais.

Outros números que chamam  atenção é que 10,23% do eleitorado feminino rejeita Márcia, sendo a maior rejeição entre todos os nomes apresentados na pesquisa, assim como as pessoas com formação em ensino médio, 11,83%.  A maior rejeição da prefeita é no grupo que inclui pessoas que recebem entre 1 até 5 salários mínimos, é 28,58%.

Em todos os levantamentos feitos com pré-candidatos que oficialmente não lançaram suas candidaturas ou sequer andam pelas comunidades se apresentando como tal, Márcia também não conseguiu repetir os números da aprovação da sua gestão, em todos os cenários os números são bem inferiores aos 64,78%, ou seja, aprovação é uma coisa, voto é outra.

Isso fica bem claro no confronto Márcia Conrado X Luciano Duque, onde existe um empate técnico. Fica claro que a gestão da prefeita ainda não tem a consistência capaz de superar a do seu antecessor. Lembrando que Luciano Duque afirma que não será candidato em 2024. Caso ele no transcorrer do processo seja provocado por integrantes do grupo de Márcia, os grupos dos incendiários, aí a coisa vai ficar feia. Duque é uma velha raposa e não será difícil devorar as uvas. E na hora de chupar as uvas vai ter uma penca de vereadores no pula-pula, assim como fazem nos vinhedos no sul do Brasil.

MAS O QUE FALTA?

O que falta ao governo Márcia Conrado é a retomada das bandeiras que ela levantou na campanha, retomar os diálogos com os setores populares e com a imprensa independente e democrática, atender as demandas dos professores e demais funcionários municipais, fazer uma reforma para enxugar a máquina pública e torna-lá mais eficiente, prestando um serviço de qualidade para o cidadão e a cidadã.

O governo atual está se perdendo na política porque não sabe ouvir as pessoas certas, e nesse caso, será a própria política que vai forjar um político para resolver os problemas que estão sendo ignorados diariamente. Apesar de tudo, a probabilidade de Márcia ser reeleita é real e concreta, principalmente porque não existe no momento um candidato de oposição em condições de enfrentá-la.