Fotos: Farol de Notícias/Celso Garcia

Publicado às 04h30 deste sábado (22)

Na última quinta-feira (20) a governadora Raquel Lyra se reuniu com os prefeitos do Sertão do Estado, em Serra Talhada, no espaço Maria’s, no bairro AABB. A reportagem do Farol acompanhou o evento e viu de perto o rígido sistema de segurança montado para a reunião. Não era permitida a entrada de vereadores e secretários municipais, e cada prefeito só tinha direito a companhia de um assessor.

Esse formato de solenidade gerou muitas críticas por parte de vários políticos da região que estavam acostumados a comparecerem em massa aos eventos realizados pelo ex-governador Paulo Câmara (PSB), muitos, inclusive, tinham seus nomes citados e chegavam a compor o palanque oficial.

Do lado de fora um grupo de professores estaduais, contando com os apoios de professores da rede municipal e do SINDUFERPE, usavam camisas pretas e exibiam cartazes pedindo que a governadora cumprisse o reajuste do Piso Nacional do Professores, uma lei criada em 2008. A governadora e sua comitiva ignoraram os manifestantes, sem que ao menos alguém tenha ido conversar com os professores, fato já ocorrido em outros momentos por outros gestores.

DINÂMICA

A governadora chegou atrasada para a abertura do encontro, sem muitos cumprimentos aos políticos que os esperavam do lado de fora, e em seguida o cerimonial liberou o acesso à imprensa por cerca de quatro minutos. “Iniciamos a rodada de um diálogo aberto e transparente com mais de 50 prefeitos do Sertão pernambucano falando do diagnóstico do nosso Estado e ouvindo as demandas. Falamos sobre as entregas que já fizemos e os próximos passos do nosso governo. O encontro é uma demonstração muito clara de que viemos aqui construir coletivamente as soluções para os desafios que Pernambuco apresenta”, disse a governadora para prefeitos e jornalistas.

Ainda durante essa fala inicial a governadora exibiu um gráfico que aponta para déficit nas contas do estado, apesar disso, Raquel Lyra, destacou que busca recursos junto à Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na ordem de R$ 3,4 bilhões, e das possibilidades que estão sendo consideradas de operações de crédito para a retomada de obras paralisadas e a realização de novos investimentos.

De forma geral a governadora veio e pouco ofereceu de concreto para os prefeitos e para a sociedade sertaneja. Temas  como a violência na região, com roubos, assaltos e homicídios, além das péssimas condições em que se encontram as rodovias estaduais que atravessam Serra Talhada e cidades vizinhas, aparentemente passaram despercebidas.