Fotos: Farol de Notícias / Manu Silva – Reprodução: Instagram

Publicado às 05h37 desta quinta-feira (22)

Os esportes em Serra Talhada têm recebido importantes incentivos nos últimos dois anos com a realização de importantes campeonatos e eventos. No entanto, nem todos os atletas estão satisfeitos com o apoio da Prefeitura Municipal. Em contato com o FAROL, a jogadora de handebol Jéssica Camila de Souza Martins, 23 anos, revelou que após se machucar seriamente em jogos representando a cidade não conseguiu assistência médica.

Camila Martins contou que começou a jogar handebol aos 9 anos e desde os 13 anos joga pela seleção feminina de Serra Talhada. Em um dos jogos ela levou uma bolada na cabeça e caiu no chão sofrendo novo impacto, o que causou dores, febre e vômitos. Mesmo sem condições precisou pagar por exames, remédios e consultas.

“Sempre joguei handebol por amor e não por dinheiro. Quando uma atleta de machuca dentro de quadra eu acredito que é papel da prefeitura ajudar os atletas a conseguir tratamento. Levei uma bolada e passei dias vomitando e com muita dor. Fiz Raio-X e tomografia, porque meu pai me ajudou e pagou. O médico pediu uma ressonância com contraste e até agora eu não fiz porque não tenho como”, detalhou.

REVIRAVOLTA

Indignada com a falta de atenção com os atletas, Camila Martins resolveu montar seu próprio time e convidar as atletas amigas que há mais de 10 anos levam o município para os campeonatos e retornam com medalhas e títulos. A equipe Leal da Casa acabou de retornar da 1ª Copa da Integração de Handebol, para adultos, em Floresta que conquistou o 2º lugar, perdendo apenas na final.

“Mesmo com toda dificuldade montei um time com 14 meninas que sempre foram para Floresta, o Leal da Casa é porque jogam sempre as meninas que sempre foram leais a cidade, mas quando se machucam não têm assistência. Só não fomos campeãs por causa do cansaço, algumas de nós dormiram no chão e sem comer direito. A secretaria de Esportes contribuiu com R$ 100 para a gasolina e o resto foi patrocínio. E tiveram meninas que foram de outras cidades, como Recife, para poder jogar com a gente”, detalhou.

Ajudaram as Leais da Casa a chegar ao primeiro campeonato: as ex-jogadoras Auricleia e Bethânia, o agente de saúde Daniel, os empresários Jean, Kecya, Teódola, Marquinhos Godoy, Cícera Bezerra, Ricardo Pedroso, Evandro Lima, Domingos Magalhães, Cinthia Teixeira, Janaina Lima, Paulinho, Cristiane Góis, Cícero Ricardo, Romério do carro de som, China Menezes, Toin Bio do feijão e os vereadores Nailson Gomes, Zé Raimundo e Manoel enfermeiro.

Além de serem vice-campeãs, as jogadoras Andresa, Juliana e Jenifer do time Leal da Casa se destacaram e foram eleitas as melhores das partidas que disputaram