Barraqueiros denunciam monopólio de bebidas na Festa de Setembro

Foto: Pedro Paz/ Farol de Notícias

Alguns vendedores que estão trabalhando na Festa de Setembro 2023 buscaram, nesta quarta-feira (30), a redação do Farol indignados com o que eles denunciam o favorecimento de um monopólio de venda de bebidas para beneficiar o estabelecimento ‘Pinheirinho Bebidas‘.

Segundo a reclamação feita pelos denunciantes, há pessoas que passam pelas barracas advertindo que se os barraqueiros instalados na Praça Sérgio Magalhães não comprarem seus produtos no estabelecimento Pinheirinho Bebidas, eles não irão vender mais na festa de Nossa Senhora da Penha.

O Farol procurou Léo Pinheiro, proprietário do Pinheirinho Bebidas, que foi enfático ao responder que a reclamação dos vendedores procedia e que como ele teria ganhado uma licitação todos os vendedores estavam “obrigados a comprar a ele”.

“É isso mesmo. Tem que comprar só a mim. Eu ganhei a licitação, paguei por isso e devido a isso eles estão todos obrigados a comprar a mim, eles não pagam nem um real pra trabalhar, é gratuito, mas com um porém que é comprar bebida ao fornecedor que ganhou a licitação do evento que no caso sou eu”, disparou Léo.

“EU SOU O FORNECEDEDOR!”

Léo Pinheiro afirmou ainda que todos os vendedores foram avisados dos termos para trabalhar na festa e disse que um contrato foi lido e assinado por todos os reclamantes.

Quando questionado sobre o que aconteceria caso os vendedores não comprassem em Pinheirinho bebidas, Léo respondeu que, então assim, “não poderiam trabalhar”.

“Léo Pinheiro, dono da Pinheirinho Bebidas, ganhou a licitação. Então, eu sou o fornecedor exclusivo do evento. Quem quiser trabalhar na Festa de Setembro de 2023, tem que comprar bebida na Pinheirinho Bebidas. Não é um negócio que eu esteja forçando eles, botando um revolver na cabeça e obrigando eles a comprar. É uma regra da festa”, enfatizou o dono da Pinheirinho bebidas.

CADERNO REGISTRADOR

Em conversa com alguns vendedores, a reportagem do Farol ouviu que uma mulher estaria andando fiscalizando as barracas com uma espécie de caderno registrador.

“Nunca fui dominado por ninguém não.  Trabalho e sustento minha casa. Eu vou tirar a minha bebida para comprar a Pinheirinho? Vou nada, não tem homem que faça! Pode chamar até a policia”, bradou um vendedor.

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