Chinesa é multada por cozinhar e comer animal protegido por lei

Foto: Reprodução/ TikTok

Por Correio Braziliense

 

Uma blogueira chinesa de comida, conhecida nas redes sociais como Tizi, foi multada por cozinhar e comer um tubarão branco. As informações são do jornal Independent.

Segundo a publicação, Jin Moumou foi multada em 125.000 yuans (cerca de R$ 94 mil) após postar um vídeo nas redes sociais em que aparece comprando o animal, além de prepará-lo e comê-lo.

O tubarão branco é um animal protegido por lei na China e a posse ilegal no país pode levar a pena de prisão de cinco a 10 anos.

De acordo com comunicado oficial chinês citado pelo jornal britânico, o vídeo violou a “Lei de Proteção de Animais Silvestres da República Popular da China”.

Oficiais de Nanchong, na província de Sichuan, afirmaram que a influenciadora, que tem quase oito milhões de seguidores em seu canal, teria comprado o animal em abril de 2022 e postado o vídeo em julho do mesmo ano.

No vídeo, publicado nos sites de mídia social Douyin e Kuaishou, Tizi aparace posando com o tubarão, de quase um metro e oitenta, em frente a uma loja. O bicho é então cortado ao meio, marinado e grelhado, enquanto a cabeça é cozida em um caldo.

“Pode parecer cruel, mas sua carne é realmente muito macia”, diz Tizi enquanto morde pedaços da carne grelhada do animal.

@kylianmarlier

Tizi, l’influenceuse qui a mangé un grand requin blanc 🦈 #pourtoi #investir #tizi

♬ original sound – Kylian Marlier – Kylian Marlier

Em agosto do ano passado, as autoridades começaram a investigar Tizi, depois que o vídeo viralizou. Eles afirmaram que a blogueira comprou o tubarão por 7.700 yuans (cerca de R$ 5.795), no site de compras online Taobao, do Alibaba. Foram feitos testes de DNA nos restos de tecidos que identificaram que o animal comprado era, de fato, um tubarão branco. Outras duas pessoas envolvidos na captura e venda do animal também foram presas.

Tizi disse, na época, que havia adquirido o bicho por “canais legais”, mas o departamento local de agricultura afirmou que a alegação era “inconsistente com os fatos” e que a polícia estava investigando o caso.