PC Silva e Carlos Filho

Serra Talhada está despontando no cenário nacional também na música. Após a prosa romântica de Débora Ferraz ter sido contemplada como campeã, no País, do Prêmio Sesc de Literatura 2014, agora foi a vez dos bardos poéticos da terrinha Carlos Filho e PC Silva, líderes da cativante “bandavoou”.

O grupo foi pré-selecionado entre os melhores artistas do Brasil para concorrer ao Prêmio da Música Popular Brasileira, patrocinado pela Vale com o apoio do Ministério da Cultura. O resultado foi divulgado esta semana deixando os poetas serratalhadenses com o peito cheio de orgulho e inspiração.

A “bandavoou” vem desbravando o criativo e conquistando espaços importantes na cena fonográfica da Capital pernambucana, nascedouro do grupo, e acumulando fãs também no interior. Por isso mesmo conseguiu experimentar conexões musicais realizando shows em grandes palcos de outros estados, como o Circo Voador, no Rio Janeiro, e no Uruguai.

PC E CARLINHOS

Além disso, PC Silva e Carlos Filho já fizeram participações no palco principal do São João de Caruaru e, com a “bandavoou”, abrilhantaram o festival Pre AMP e Carnaval do Recife, ambos em 2013. Eles estiveram em Serra Talhada em junho do ano passado, quando realizaram um show emblemático no auditório da Escola Imaculada Conceição.

Cheios de projetos e um futuro bastante promissor, a notícia da pré-seleção no Prêmio da MPB 2014 vem sendo encarada como um baita estímulo. Atualmente a “bandavoou” é composta, além de Carlos Filho e PC Silva, de Luíza Magalhães, sob o acompanhamento dos músicos Rostan e Miguel. Em conversa com o FAROL, o grupo revelou que planeja fazer outra apresentação em Serra Talhada este ano.

“Ficamos felizes, pois a bandavoou está na lista de pré-selecionados para o Prêmio da Música Brasileira 2014. Um momento onde a diversidade da música nacional é lembrada e premiada. Para nós, sermos lembrados ao lado de artistas consagrados como Criolo, Barão Vermelho, CPM 22, Caju e Castanha, Boca Livre, Lula Queiroga e tantos outros, já um prêmio sem tamanho. Viva a bandavoou. Vamos comemorar”, festejou PC Silva, em conversa com o FAROL.

VEJA O VÍDEO DA VISITA DELES À REDAÇÃO

SOBRE O PRÊMIO

Em 1987, o então Prêmio Sharp surgiu como um novo incentivo na cultura brasileira, era a festa que faltava para celebrar a diversidade da música produzida em todos os cantos do Brasil. O Prêmio da Música Brasileira passou por diversas fases. Por mais de dez anos foi chamado de Prêmio Sharp (1987 a 1998), mas ambém recebeu o nome de Prêmio TIM de Música (2003 a 2008).

A premiação incentiva a descoberta de talentos e premia artistas consagrados e novos.  Faz isso celebrando a música nacional: a cada ano, homenageia um artista brasileiro. Em 2014, pela primeira vez em sua história, o Prêmio vai homenagear um ritmo: o Samba.

Vinicius de Moraes, Dorival Caymmi, Maysa, Elizeth Cardoso, Luiz Gonzaga, Ângela Maria & Cauby Peixoto, Gilberto Gil, Elis Regina, Milton Nascimento, Rita Lee, Jackson do Pandeiro, Maria Bethânia, Gal Costa, Ary Barroso, Lulu Santos, Baden Powell, Jair Rodrigues, Zé Kéti e Dominguinhos, Clara Nunes, D. Ivone Lara, Noel Rosa, João Bosco e Tom Jobim já foram relembrados no Prêmio. Um time plural como a música brasileira.

Um conselho – formado por Gilberto Gil, João Bosco, Yamandú Costa, Wanderlea, Arnaldo Antunes, Antonio Carlos Miguel e pelo idealizador do Prêmio, José Maurício Machline – determina o regulamento, o homenageado e o os 26 jurados que formarão o júri a cada edição. São críticos, jornalistas e músicos que definem os selecionados e os três finalistas: ao todo, são 111 indicados. O resultado é revelado na festa de entrega, numa noite sempre emocionante.