Com informações da Agência Brasil
O programa federal de transferência de renda Bolsa Família teve um papel crucial na diminuição de mais da metade dos casos de mortes por tuberculose entre populações extremamente pobres e povos indígenas.
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A redução foi superior a 50% entre as pessoas em situação de extrema pobreza e ultrapassou 60% nas comunidades indígenas. Essa conclusão é parte de um estudo realizado por diversas instituições de pesquisa brasileiras, incluindo a Universidade Federal da Bahia, a Fiocruz e o Instituto de Saúde Global de Barcelona, e foi publicado na revista internacional Nature Medicine nesta sexta-feira (3).
As pesquisadoras afirmam que o programa proporciona melhores condições de vida e alimentação para os beneficiários, o que pode ter sido fundamental para a sobrevivência daqueles afetados pela doença.
“Sabemos que o programa melhora o acesso à alimentação, tanto em quantidade quanto em qualidade, o que reduz a insegurança alimentar e a desnutrição — um importante fator de risco para a tuberculose — e fortalece as defesas imunológicas das pessoas”, explicou Gabriela Jesus, coautora do estudo, em uma reportagem da Agência Fiocruz. Ela também destacou que o programa diminui as barreiras ao acesso à assistência médica e ao diagnóstico.
O Bolsa Família é amplamente reconhecido por sua contribuição na redução das desigualdades econômicas e sociais ao transferir recursos para as famílias mais necessitadas, desde que cumpram certas condições, como manter os filhos na escola e levar as crianças ao médico.
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O estudo agora comprova que o programa também melhora as condições de saúde dessas famílias. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram dados socioeconômicos, condições étnicas e compararam a incidência, mortalidade e taxa de letalidade entre aqueles que receberam ou não os benefícios do Bolsa Família. A expectativa é que essas descobertas sirvam para influenciar políticas públicas voltadas ao combate à pobreza e à transferência de renda em países com altas taxas da doença.