Do JC Online

Dois dias após a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) voltou a criticar nesta terça-feira (06), o modelo das provas que estão sendo aplicadas no Brasil.

“Não devemos fabricar militantes, mas preparar o jovem para que se torne um bom profissional no futuro. O modelo atual não funciona, temos péssimos indicativos. É preciso mudar!”, disse.

Por meio da sua conta do Twitter, o capitão reformado ainda questiona qual o objetivo de incluir ‘politicagem’ e ‘ideologia’ nos testes que medem o conhecimento dos brasileiros.

“Qual a razão de incluir ideologia e politicagem nos testes que medem o conhecimento dos nossos alunos?”, diz uma parte da publicação. Em entrevista ao Jornal da Band, na última segunda-feira (05), Bolsonaro fez críticas ao Enem e considerou a prova como um “vexame” e uma “doutrinação exacerbada”.

Veja também:   Gin faz ataques contra Vandinho e Duque

“Tão mais grave que a corrupção é a questão ideológica no Brasil, que está muito arraigada por parte de alguns aqui em nossa pátria e você tem que lutar contra isso. Até a própria prova do Enem, é um vexame você ver o que é uma prova do Enem, o que mede conhecimento, por exemplo, essa primeira parte realizada no domingo passado, ou seja, uma doutrinação exacerbada”, declarou na entrevista.

O presidente eleito disse ainda que o Enem deveria cobrar “conhecimentos úteis” para a sociedade em vez de tratar de assuntos que possam influenciar os jovens futuramente. “Uma questão de prova que entra na dialética, na linguagem secreta de gays e travestis não tem nada a ver, não mede conhecimento nenhum. A não ser obrigar para que no futuro a garotada se interesse por esse assunto”, criticou.

Veja também:   Avó é investigada após denunciar falso sequestro da neta de 1 ano

Ainda na última segunda (05), o deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PSL), também criticou o Exame. Em sua conta no Twitter, o filho do presidente eleito compartilhou um comentário sobre uma das questões em que havia um texto sobre “o dialeto secreto” usado por gays e travestis. “Aviso que não é requisito para ser ministro da educação saber sobre dicionário dos travestis ou feminismo”, afirmou Eduardo.

A pergunta na prova do Enem, no entanto, não cobrava dos estudantes o conhecimento sobre o vocabulário dos gays e travestis, mas trazia um texto de apoio sobre o tema e questionava quais as características técnicas para que uma linguagem seja considerada um dialeto.

Veja também:   Estudante de ST não resiste e morre após AVC

O deputado também recomendou aos estudantes que eles estudem o que os deixarão “aptos para a vida”. “Prezados estudantes, quando vocês forem ser entrevistados para um emprego ou estiverem abrindo um empreendimento aviso: sexualidade, feminismo, linguagem travesti, machismo e etc terão pouca ou nenhuma importância. Portanto, estude também o que lhe deixará apto para a vida”, escreveu Eduardo Bolsonaro.