Publicado às 06h10 deste sábado (4)

Do Correio Braziliense

Nesta quinta-feira (2) o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a afirmar que não vai tomar a vacina contra a Covid-19. Durante a live semanal do chefe do Executivo, ele repetiu que a vacinação é facultativa, que o governo não vai exigir passaporte vacinal e que não se responsabiliza pelos efeitos colaterais dos imunizantes.

Segundo Jair, muita gente quer a morte dele e ficam querendo que ele tome a vacina contra o coronavírus. “Muita gente, de esquerda em especial, querendo a minha morte. Se quer a minha morte, porque fica querendo exigir que eu tome a vacina? Deixa eu morrer, problema é meu”, afirmou durante a transmissão.

Bolsonaro, de 66 anos, poderia ter se vacinado desde abril no Distrito Federal, devido a faixa etária a qual pertence, mas recusou receber o imunizante. O presidente se recusa a vacinar por acreditar que as vacinas são experimentais e que, por ter sido infectado com o vírus em julho, estaria imune.

Crianças

Durante a live nas redes sociais, Bolsonaro também falou sobre o possível pedido da Pfizer para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar as vacinas da farmacêutica para crianças de seis meses a cinco anos. “Não vou entrar em detalhes se a Anvisa deve aprovar ou não, até porque não tenho qualquer ação diante da Anvisa. A Anvisa é independente. Mas eu perguntaria para a Anvisa: isso continua na bula da Pfizer, por exemplo, ‘não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral’?”, indagou o presidente.

O governante afirmou ainda que a responsabilidade é dos pais. “Continua escrito lá, você que é pai, você que é mãe, ‘não nos responsabilizamos pelos efeitos colaterais’. É o teu filho. Nós compramos vacinas para todo mundo. Você nunca viu o governo federal obrigar alguém a tomar vacina”, pontuou. “ O filho é teu, você é pai, você é mãe, você é responsável”, concluiu.

A Anvisa ainda não recebeu pedidos formais da Pfizer para essa faixa etária. Mas a presidente da Pfizer no Brasil, Marta Díez, falou, na terça-feira, 30 de novembro, que pretende apresentar um pedido de autorização. A agência ainda analisa a solicitação feita pelo laboratório para imunizar crianças de 5 a 11 anos.