Da Revista Forum

Mais de 40 horas após a confirmação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, Jair Bolsonaro segue calado e impôs silêncio no governo sobre a derrota do ídolo, Donald Trump, que não reconheceu e que vai contestar judicialmente o resultado das urnas.

Diferentemente do que fez na tentativa fracassada de golpe de Juan Guaidó na Venezuela, quando ordenou ao Itamaraty de reconhecer o “autoproclamado” presidente do país, Bolsonaro não se pronunciou ainda sobre a vitória de Biden. Na América do Sul, apenas Brasil e Suriname não se pronunciaram sobre o resultado das eleições estadunidenses. No mundo, até Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, já se pronunciou sobre a vitória de Biden.

Veja também:   Márcia abre jogos escolares em ST com mais de 2 mil estudantes

A última declaração de Bolsonaro sobre os EUA aconteceu na sexta-feira (6), quando o presidente brasileiro disse que “Trump não é a pessoa mais importante do mundo” em evento de formatura de policiais em Santa Catarina.

A declaração foi “explicada” pelo filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que chegou a ser cotado para embaixador do Brasil nos EUA, que disse que a fala foi “distorcida”. “Era originalmente uma defesa de DEUS como o ser mais importante de todos”, escreveu Eduardo, que não comenta as eleições nos EUA.

Bolsonaro deve ir à TV em cadeia nacional para pedir cancelamento dos atos
Patrimônio de Manuela D’Ávila denunciado pelo Globo é uma caixa de livros mais o equivalente a um apartamento pequeno

Veja também:   Corpo de barbeiro é encontrado no Pajeú

Os órgãos representativos do governo, como o Itamaraty, e o chanceler Ernesto Araújo – outro fã declarado de Trump – também se calaram sobre a eleição de Biden, bem como os órgãos de comunicação oficiais do governo, como a Secretaria de Comunicação (Secom) e o Ministério das Comunicações.

Bolívia

Outro assunto silenciado por Bolsonaro foi a posse de Luiz “Lucho” Arce na Bolívia. Após ser um dos últimos países a reconhecer o resultado eleitoral no país vizinho, o presidente brasileiro não enviou representantes para a cerimônia de posse, que foi acompanhado pelo embaixador brasileiro.