siria_aleppo_bombardeioPelo menos 25 civis morreram e outros 40 ficaram feridos nesta sexta-feira (22) em novos bombardeios aéreos contra bairros rebeldes de Aleppo, no norte da Síria – informaram agentes dos serviços de emergência.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) afirmou que os bombardeios foram lançados pela Força Aérea do governo Bashar al-Assad. De acordo com a ONG, o balanço seria de 19 mortos.

Segundo um correspondente da AFP, os ataques aéreos atingiram bairros do leste de Aleppo, como Bustan al-Qasr. Neste local, sete civis morreram, e outros dez ficaram feridos. Os socorristas relataram que quatro pessoas morreram, e oito ficaram feridas em Al-Mashad.

No bairro de Salhin, um bombardeio matou cinco civis, enquanto mais duas pessoas morreram em outros dois bairros, acrescentou a mesma fonte.

O balanço de 25 vítimas fatais divulgado pelos socorristas inclui o motorista de uma ambulância, morto sexta à noite em bombardeios com barris explosivos em outro bairro rebelde, Bab Nayrab.

A província de Aleppo está fragmentada em zonas controladas pelo Exército, pelos insurgentes, pelos extremistas e pelos curdos. Há uma semana é palco de uma espiral de violência com confrontos entre quase todos beligerantes dessa guerra que já deixou mais de 270.000 mortos desde 2011. Milhares de civis abandonaram suas casas, fugiram dos combates.

O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, alertou que a trégua está “em grande perigo” e pediu uma reunião ministerial “urgente” do grupo de países de apoio liderado por Estados Unidos e Rússia.

“Certamente, precisamos de uma nova reunião do Grupo Internacional de Apoio à Síria (ISSG, na sigla em inglês) em nível ministerial”, afirmou De Mistura, reforçando que deve ser convocada “urgentemente”, diante da fragilidade da trégua no terreno.

Em entrevista coletiva, o enviado da ONU anunciou que as negociações de paz em Genebra continuarão até a próxima quarta-feira. Staffan de Mistura advertiu também que, “embora o cessar-fogo ainda esteja em vigor, estará em grande perigo, se não reagirmos rapidamente.”

G1 Mundo