Do Metrópoles

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O Ministério da Saúde informou, neste domingo (12/6), que recebeu a confirmação do terceiro caso de varíola dos macacos no país. O paciente é de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

O homem tem 51 anos, histórico de viagem a Portugal e voltou ao Brasil em 10 de junho. A infecção foi confirmada laboratorialmente por RT-PCR neste domingo pelo Instituto Adolf Lutz de São Paulo (IAL/SP).

O paciente está em isolamento domiciliar, junto com os seus contatos, apresenta quadro clínico estável, sem complicações e está sendo monitorado pelas Secretarias de Saúde do Estado e do Município.

“Todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente após a comunicação de que se tratava de um caso suspeito de monkeypox, com o isolamento do paciente e rastreamento dos seus contatos, tanto nacionalmente quanto do voo internacional, que contou com o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, informou o ministério.

Criança com bolhas vermelhas espalhadas pelo corpo – Metrópoles
Na Europa, os casos já ultrapassam 50. Os países com maior número de diagnósticos são Portugal (20), Espanha (23) e Reino Unido (7), de acordo com a agência de notícias AFP. Os EUA também confirmaram um paciente com a doençammpile/ Getty Images

Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano.

A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração.

Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), “qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados”.

Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história.

Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem.

Criança fazendo testagem para identificar motivo de algo que está na pele – Metrópoles
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias.

Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação. Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados,

Na Europa, os casos já ultrapassam 50. Os países com maior número de diagnósticos são Portugal (20), Espanha (23) e Reino Unido (7), de acordo com a agência de notícias AFP. Os EUA também confirmaram um paciente com a doença.

Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano.

O CIEVS Nacional, unidade operacional do Ponto Focal do Regulamento Sanitário Internacional (PFRSI) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, realizou a notificação à Organização Mundial de Saúde (OMS) no cumprimento ao RSI.

No momento, o Brasil registra três casos confirmados da Monkeypox, sendo dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul. Estão em investigação seis casos suspeitos. Todos seguem em isolados e em monitoramento.