BRASÍLIA – Depois de ver sua popularidade despencar, a presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que quer ouvir mais os partidos políticos, os sindicatos e os movimentos sociais, além de conceder mais entrevistas. Ela também adiantou que pretende retomar com as conferências, muito comuns na época do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dilma, que interrompeu uma reunião ministerial para falar com a imprensa – um fato inédito em sua administração – informou que pedirá a seus auxiliares que acelerem a gestão e a execução de projetos que já estão em andamento. Ela não quis comentar os índices da pesquisa Datafolha, que apontou uma queda de 57% para 30% em sua popularidade, e defendeu a realização da Copa – que tem sido muito criticada pelas manifestações populares.
Dilma voltou a defender a realização do plebiscito e informou que amanhã pela manhã enviará ao Congresso a proposta de plebiscito. A presidente sugeriu alguns temas que devem fazer parte da consulta popular, como financiamento de campanha e sistema de votação – proporcional, distrital ou distrital misto. Mas fez questão de afirmar que quem convoca o plebiscito é o Congresso, assim como a definição dos assuntos. Ela também voltou a dizer que não cortará gastos sociais nem reduzirá o Bolsa Família.
Sobre uma suposta reforma administrativa, a presidente afirmou que não falaria sobre o assunto, mas criticou aqueles que a atacam por conta do número de ministérios. “Não farei demagogia de cortar cargos que eu não ocupo. Tentarei olhar de onde e que setor é possível fazer ajustes. Não faço demagogia”.
De O Globo
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