Deputado de primeiro mandato, o ex-jogador Romário (PSB-RJ) cultiva em relação ao seu local de trabalho uma opinião com aparência de lugar-comum. “No Congresso, a maioria é do mal… A maioria é contrária ao que o povo precisa”, afirma, repetindo o que o eleitorado não se cansa de dizer.

A despeito da má impressão, Romário parece ter desenvolvido técnicas de alheamento. Em entrevista à repórter Carolina Benevides, revelou-se familiarizado com as mumunhas da política. Para driblar a realidade, engole sapos sem ter indigestão. E não entra em qualquer bola dividida.

“Aprendi a ser político. Aprendi a ouvir coisas que não vão beneficiar o povo e a ter que engolir. Voto no que acredito. Mas aqui [no Congresso], o mal prevalece. Compro as brigas que acho que devo comprar, mesmo sabendo que vou perder.”  (Do blog de Josias de Souza)