Esgoto(Do Portal iG / Foto: Arqui do Farol de Notícias)

Somente em 2054 o Brasil poderá afirmar que toda a população do País possui sistema de saneamento básico, com água encanada e acesso à rede de esgoto. É o que afirma um novo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), chamado “Burocracia e Entraves no Setor de Saneamento”, divulgado nesta segunda-feira (11). Em 2013, o governo federal estabeleceu a meta de 2033 para a universalização dos serviços em todo o País, por meio do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab). No entanto, com o ritmo atual de investimentos, isso só deve ocorrer 21 anos depois.

“Em 2033, o atendimento estimado seria de 79%. A universalização absoluta, ou seja, com 100% dos domicílios atendidos, também só seria concretizada em 2054, caso não houvesse alterações abruptas das políticas atualmente desenvolvidas e executadas no setor de saneamento”, destaca o estudo. O trabalho cita como principais entraves para o saneamento o “excesso de burocracia, a falta de eficiência na aplicação de recursos públicos e problemas de gestão que acabam por elevar custos e onerar preços e serviços.

Para atingir as metas em 2033, o Brasil precisaria investir um total de R$ 274,8 bilhões na área nos próximos 17 anos, o que deveria ser encarado como prioridade na agenda de desenvolvimento do País, reforça a CNI. De acordo com a confederação, a perspectiva negativa se explica devido à baixa média histórica de investimentos no setor, entre 2002 e 2012, de R$ 7,6 bilhões ao ano. Para se atingir a meta proposta em 2013, o índice deveria subir para R$ 15,2 bilhões anuais.