Do Jornal do Brasil

Matéria publicada nesta terça-feira (25) pelo Clarín fala sobre o brasileiro Carlos de Sousa Rocha investigado como aquele que teria transportado os subornos pagos pela Odebrecht na Argentina.

Segundo a reportagem ele viajou a Argentina 30 vezes entre 2007 e 2012 e de acordo com fontes judiciais, suspeita-se que tenha levado sacos com prata e, portanto, parte dos 35 milhões de dólares em subornos pagos a funcionários da Odebrecht Argentina entre 2008 e 2015.

De acordo com o Clarín as viagens teriam sido através da Ponte Tancredo Neves, que liga Foz do Iguaçu, Brasil, a Argentina, exceto uma vez que foi através do Aeroporto Internacional de Ezeiza.

A equipe de investigação também detectou nas receitas de Sousa Rocha “viagens em voos privados que aterrizaram no aeroporto de San Fernando”, que tem menos controles e é mais fácil de introduzir contrabando.

Em março Clarin informou sobre os movimentos de Souza Rocha, conhecido como “Ceará”, ligados a outro compatriota, Alberto Youssef, outro que se juntou ao sistema de delações concedido pela justiça do Brasil.

Odebrecht foi responsável, entre muitas outras obras, pelo trem subterrâneo Sarmiento, a estação de tratamento de água Delta e ampliação de um gasoduto, acrescenta o diário.

Odebrecht pagou na Argentina, pelo menos 35 milhões de dólares em subornos, de acordo com a confissão de executivos da empresa antes da Justiça dos EUA, destaca o Clarín.

De Souza Rocha é um dos portadores que aceitaram fazer a delação premiada em troca de uma menor pena ou prisão domiciliar.