Do JC Online
O estado da Califórnia (EUA) começa parcialmente, nesta segunda-feira, a venda de maconha recreativa, estreando um mercado que poderá faturar pelo menos US$ 7 bilhões por ano. Agora, o estado se une aos outros territórios em que o consumo e o comércio da erva já são legalizados, mas sob regulamento estrito. A inauguração do mercado conta com 60 estabelecimentos que já possuem licenças de funcionamento.
O faturamento promete, segundo Elizabeth Ashford, do Grupo Operacional de Cannabis de Los Angeles (LACTF), altos dividendos. “O Escritório do Tesouro estima que em 2020 teremos US$ 7,2 bilhões em vendas de maconha legal na Califórnia. E US$ 1 bilhão em impostos”, disse à agência EFE.
Para funcionar, o estabelecimento deve ter autorização das autoridades estatais e municipais. A venda começará em doze condados. Los Angeles não está incluso e deve começar a receber solicitações para licenças a partir de janeiro.
Segundo os sindicatos, a legalização da maconha recreativa, aprovada em referendo pelos eleitores em 2016, vai estimular a economia local. Segundo o vice-presidente da filial 770 do Sindicato de Trabalhadores da Indústria de Alimentos e do Comércio (UFCW), Rigoberto Valdez, a nova indústria “vai trazer muitos investimentos, baseados em impostos para o estado”.
A medida chega na Califórnia acompanhada de vários regulamentos, entre os quais a proibição do estabelecimento estar dentro de um raio de 180 metros de alguma escola, além da venda estar proibida a menos de 305 metros de parques públicos, creches e outras áreas afins. Além disso, o cultivo em casa fica limitado a seis plantas e a venda só pode ser feita por pessoas maiores de 21 anos com limite de 28 gramas por cada compra.