O calor intenso que faz em Serra Talhada tem somado a um dos principais problemas enfrentados pelos estudantes de escolas públicas da cidade, a ausência de climatização nas salas de aula.
No último fim de semana, o estudante João Gama, do 2° Ano “E” da Escola de Referência em Ensino Médio Cornélio Soares buscou o Farol de Notícias para reclamar da situação.
Segundo ele, as altas temperaturas resultam em fadiga, irritabilidade e dificuldade de concentração, afetando diretamente o rendimento escolar. A escola é semi-integral, ou seja, as turmas se revezam nos dias da semana para assistirem aulas das 7 às 17h.
“Eu venho manifestar minha preocupação e descontentamento com as condições das salas de aula, especialmente em relação à falta de ar-condicionado. O calor excessivo torna o ambiente insuportável, prejudicando o aprendizado, a saúde e o bem-estar dos alunos. Como alunos, precisamos de um ambiente que nos permita aprender de forma eficaz e com dignidade. Solicitamos que as autoridades escolares e órgãos competentes considerem a instalação de ar-condicionado ou de uma solução de ventilação adequada para que possamos ter um ambiente mais confortável e propício ao estudo”, escreveu.
A reportagem do Farol entrou em contato com a direção do Cornélio Soares para entender melhor o caso. Por meio de nota emitida pela gestão, assume que a escola não tem climatização suficiente, mas que busca ‘alternativas com as instâncias cabíveis’.
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NOTA EREM CORNÉLIO SOARES
“Estamos sem climatização suficiente, temos ventiladores, janelas, climatizadores móveis, mas não atende a toda realidade escolar, bem verdade! Infelizmente, ficamos muito preocupados e tristes em não poder atender à toda comunidade com as suas necessidades urgentes.
Contudo, estamos sempre buscando alternativas com as instâncias cabíveis e temos como resposta que há uma demanda do estado sendo providenciada, visando melhorar essa situação em todas as escolas, contudo, existe uma fila para atender as solicitações e a nossa escola já está nessa ordem.
Temos um agravante, a instituição ainda não possui subestação para comportar a sobrecarga de uma escola de grande porte como a nossa, já que a rede elétrica não comporta todos os equipamentos ligados ao mesmo tempo, isso inclui os ares-condicionados para todas as salas e setores.
Vale salientar, que muitos aparelhos de ares-condicionados já estão com a vida útil finalizada e não podemos comprar novos, porque já existe uma licitação do próprio estado para suprir a carência dos equipamentos.
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Estamos aguardando e seguindo todos os protocolos como fomos orientados. Claro, nós ficamos muito consternados com a realidade dos estudantes, isso nos deixa bastante preocupados e o sentimento é de impotência diante da realidade.
Diante de tal situação, tentamos minimizar a situação, realizando rodízios de salas à tarde, sendo que pela manhã não há como, devido ao número de salas e de alunos serem muito grandes, mas as turmas que ficam no período vespertino são remanejadas para salas com a climatização que dispomos e também utilizando outros espaços que possuem climatização, como biblioteca e auditório.
No caso os 2° anos também mudam de salas para outras menos quentes, na tentativa de minimizar os impactos do fenômeno que a nossa região enfrenta todos os anos: a seca seguida de calor excessivo.
Vale lembrar que essa é a realidade ainda de muitas escolas, realmente lamentamos muito, muito mesmo e reforço que estamos sempre buscando respostas das instâncias maiores.
Atenciosamente,
Equipe Gestora.
3 comentários em Falta de estrutura em escolas afeta mais estudantes em ST