A Câmara de Vereadores de Serra Talhada saiu de cabeça erguida no episódio do veto ao Projeto de Lei (015/2011) que, entre outros pontos, obriga a prefeitura a prestar contas de gastos públicos na internet. Pelo menos esta é a opinião do vereador Gilson Pereira (PTB), autor da proposta. O veto do prefeito Carlos Evandro foi derrubado por nove votos a zero. Apenas o vereador Zé Raimundo esteve ausente da sessão, por motivo de viagem.

Antes, o gestor municipal enviou um documento de quase dez páginas aos vereadores  justificando a decisão contrária ao projeto de transparência financeira. No entanto, nenhum argumento pareceu sensato aos parlamentares. Contrariando prognósticos, toda a base aliada se voltou contra o chefe do executivo, numa prova de que inexiste na Casa “comando” de bancada em relação a determinados assuntos. O que pode fragilizar Carlos Evandro em futuras votações.

“Não tinha como ser contra a um projeto deste tipo.  A Lei da Transparência é uma realidade. É bom para o governo e principalmente para o povo”, garantiu Pereira. Na prática, mesmo que o veto fosse mantido, o prefeito não teria saída. Por lei federal, a partir do próximo dia 27, todas as cidades com mais de 50 mil habitantes terão que disponibilizar seus gastos na internet em tempo real sob risco de sofrer sanção prevista na Lei de Responsabilidade Fiscal. Por outro lado, o veto de “Carlão” ao Projeto de Lei pareceu ter sido mais uma atitude política. Uma espécie de “cabo de guerra” que acabou perdendo. Por conta da decisão soberana da Câmara de Vereadores, alguns parlamentares agora temem sofrer algum tipo de retaliação. Quem viver, verá!

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