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Por Metrópoles

 

O governo da Nova Zelândia anunciou, na quarta-feira (22/3), uma campanha de R$ 21 milhões para ajudar adolescentes e jovens em sua experiência de término de relacionamento, com sugestões de maneiras saudáveis ​​de processar seus sentimentos.

A LoveBetter (Ame Melhor) é uma campanha de prevenção primária destinada a promover relacionamentos seguros, positivos e igualitários. Além de interromper e/ou mudar discursos e comportamentos prejudiciais em torno de relacionamentos que são universais e afetam todos os jovens”.

“Concluímos pesquisas e testes de audiência com mais de 1.200 jovens, testando a abordagem, a ideia criativa, a execução, bem como desenvolvendo uma linha de base para medir as mudanças de atitudes e comportamentos ao longo da campanha”, diz trecho da campanha.

Para a ministra do Desenvolvimento Social da Nova Zelândia, Priyanca Radhakrishnan, o governo pretende apoiar os jovens a lidar com a dor e mostrar que há “uma maneira de superar sem prejudicar a si mesmos ou aos outros”.

“Rompimentos machucam. Isso é normal. Mas queremos ajudar os jovens a saber que existe um caminho sem prejudicar a si mesmos ou aos outros”, escreveu a ministra nas redes sociais.

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O Ministério do Desenvolvimento Social vai disponibilizar atendimento psicológico gratuito online e por telefone para conseguir fomentar “atitudes positivas” com os jovens.

Seguindo essa medida, o governo neozelandês deseja reduzir incidências de casos de violência sexual e doméstica no futuro, a partir da ideia de que os jovens aprenderão a ter relações saudáveis.

“Esta abordagem não foi testada por nenhum governo em todo o mundo. A Nova Zelândia tem estatísticas vergonhosas de violência familiar e sexual, e precisamos de abordagens inovadoras para quebrar o ciclo”, disse Radhakrishnan.

Um problema preocupante

Uma pesquisa encomendada pelo governo em 2022 indica que quase 80% dos jovens de 16 a 24 anos da Nova Zelândia já estiveram em um relacionamento e 87% deles sofreram danos que foram além da dor normal de uma separação.

Além disso, a maioria dos jovens (55%) não estão confiantes ou apenas “um pouco confiantes” de que poderiam terminar um relacionamento sem danos.

O levantamento do ministério ainda mostra que experiências ruins (além da dor “normal” de terminar um relacionamento) foram vivenciadas por 68% dos entrevistados.

“As consequências de rompimentos incluíam automutilação, depressão, abuso de substâncias, comportamentos sexuais de risco e violência e coerção – incluindo chantagem, ciúme e vingança, possessividade e perseguição”, afirmou a pasta.

De acordo com o ministério, a campanha terá várias fases. No entanto, o primeiro passo será acolher os adolescentes e jovens que passaram por separações. Já as fases futuras serão baseadas em descobertas da primeira abordagem.