Candidatos querem posse na Guarda de Serra TalhadaPublicado às 15h desta quarta (27)

Alguns candidatos que estão na fila de espera do último concurso público para a Prefeitura de Serra Talhada criticaram o fato do prefeito Luciano Duque ter contratado segurança privada para os órgãos públicos, após um quadro suspeito de contaminação por covid-19 ter prejudicado toda a Guarda Municipal [veja aqui]. Um grupo entrou em contato com o Farol cobrando uma postura do governo.

“No portal da transparência é possível observar a grande quantidade de Auxiliar de Serviços Gerais exercendo a função de guarda municipal. Se há um concurso público com validade por que a administração pública continua com esses desvios de funções, se há uma lista de espera de aprovados para o cargo de Guarda Municipal?”, questionou um dos reclamantes.

“Gostaríamos da explicação de alguém da Prefeitura. Temos um grupo de aprovados para o cargo de Guarda Municipal na lista de espera do concurso, e estamos acompanhado tudo. E agora [devido a covid-19] o prefeito colocou uma empresa de vigilantes no lugar desse pessoal, sem contar com os serviços gerais trabalhando de Guarda Municipal. Diante dessas provas de irregularidades ninguém faz nada, porque a maioria dos vereadores são do lado do prefeito. Está parecendo que não existe lei e nem ninguém fiscaliza o prefeito. Ele faz o que quer com os cargos públicos”, reforçou o denunciante.

FAROL OUVIU O PREFEITOCandidatos querem posse na Guarda de Serra Talhada

O Farol entrou em contato com o prefeito Luciano Duque para ouvir o outro lado. Conforme o gestor, todas as vagas do último concurso para a Guarda Municipal foram ocupadas e ainda houve chamamento extra, além do que previa o edital.

O prefeito também afirmou que a substituição de integrantes da Guarda por uma segurança privada será de apenas 15 dias.

“Os vigilantes foram substituídos por 15 dias, por conta da suspeita de contaminação de covid-19. Mas nós chamamos além das vagas. O concurso vale por mais 2 anos e 7 meses. Eu vou chamar um concursado por 15 dias? E quando o efetivo voltar? E numa crise financeira como estamos, é querer demais”, afirmou.