Fotos: Farol de Notícias / Celso Garcia

Publicado às 17h58 desta quinta-feira (1º) 

Quantas histórias, memórias e romances não começaram abençoadas pela padroeira de Serra Talhada. Amores de uma noite de forró nas antigas barracas, nos shows da praça ou da Lagoa Maria Timóteo. Amores de uma vida inteira que começaram adoçados por uma maçã do amor e aquele sorvetinho rosa da máquina de sabor.

Uma dessas histórias veio parar no nosso colo, como um carinho bonito como quem ensina o mais novo a viver junto, aproveitando a festa com um bom chamego. Deosio Pereira Arruda, de 63 anos, conheceu o grande amor de sua vida nas barracas da Sérgio Magalhães, cortando uma dança no Cist. Nascido em Água Branca, morou a vida toda no bairro Santo Amaro em São Paulo. Foi embora com cinco anos de idade, levado por uma de seus 13 irmãos após a morte do pai, Fausto Pereira, homenageado da escola de seu lugarejo, e Isabel Vicente Arruda.

Já homem feito veio em caravana com os serra-talhadenses que moravam no Sudeste e no dia 06 de setembro de 1985 conheceu Francisca Freires Pereira, 61 anos, hoje professora aposentada que voltou para a terrinha natal junto do marido ainda durante a Pandemia. Faroleiros de carteirinha, fãs do Programa Serra Talhada Meu Canto, Meu Encanto, fazem questão de mandar notícias de cá para os parentes que ficaram longe. Deosio e Francisca sempre estão juntos nos eventos da cidade, revivendo a juventude com os ares culturais e festivos da Capital do Xaxado.

“Vim no ônibus com 12 pessoas, no meio tinha a irmã dela, uns primos, como viemos juntos nos enturmamos e começamos a namorar. Nos fomos no Cist, dançamos lá, conhecemos Rui Grudi e ficamos na praça. Toda barraca que tinha música eu ia lá e ela ia chegando também. Ela terminou a faculdade de Geografia e foi para São Paulo. Em 1992 nasceu o Gabriel, moleque lindo, hoje estuda na USP e é cineasta. Viajando o Brasil em festivais de cinema”, relembrou o saudoso serra-talhadense.