mulher-pede-esmola-com-seu-filhoVivendo com praticamente nenhum dinheiro, a chinesa Yang Gailan, de 28 anos, decidiu matar os quatro filhos e, em seguida, se suicidou. A decisão radical de Gailan levantou um debate nas redes sociais da China, onde ao menos 80 milhões de pessoas vivem na mais absoluta miséria.

Gailan vivia sozinha com os filhos – três garotas e um menino -, todos menores de sete anos, na aldeia rural de Agu Shan, no noroeste chinês. O pai das crianças, Li Keying, havia migrado para a cidade em busca de trabalho e dinheiro. Ele mandava parte do pouco que ganhava para a família.

A mãe matou os filhos com golpes de facão e, em seguida, ingeriu pesticida. Alguns dias depois, quando o pai chegou e soube da tragédia, também tirou a própria vida.

“Nunca conheci uma família que vivesse em situação de miséria pior que a deles”, disse um primo de Li Keying à imprensa chinesa.

Depois da tragédia no povoado Agu Shan, muitas perguntas surgiram na sociedade chinesa, questionando, principalmente, a desigualdade econômica e social do país.

O que levou a mãe a matar os filhos? Por que a família não recebia ajuda estatal? Como as dificuldades que essa família enfrentou refletem a realidade de milhões de chineses que vivem nas zonas rurais? O crescimento econômico do gigante asiático é apenas uma fantasia para milhares de pessoas?