Com uma maratona de seis horas, chegou ao fim na madrugada desta quinta-feira (3) a quarta e última sessão de depoimentos do cardeal George Pell a uma comissão australiana que investiga o acobertamento da Igreja Católica em casos de pedofilia entre os anos 1970 e 1980. Segundo o australiano, que atualmente atua como Prefeito de Assuntos Econômicos do Vaticano, foi uma “desastrosa coincidência” a quantidade de padres pedófilos que atuavam na diocese de Ballarat nos anos de 1970, quando ele atuava na região.

Ao fim da maratona judicial, Pell destacou que a situação foi “dura”, mas que “espera ter contribuído para melhorar a situação”. O cardeal ainda confirmou que fará um encontro com as vítimas de Ballarat, a cidade onde foi registrada a maior quantidade de abusos. A mídia australiana ainda informou que o grupo de 14 vítimas que está em Roma para acompanhar o julgamento terão um encontro com os representantes da Pontifícia Comissão para a Tutela de Menores.

O australiano não é acusado de ter cometido o crime de pedofilia, mas sim de ter acobertado a atuação de padres pedófilos quando foi bispo de diversas dioceses da Austrália. Porém, ele negou as acusações de que mentiu para salvar sua reputação.

Agência Ansa