Um grupo de catadores de materiais recicláveis que trabalha no lixão de Serra Talhada, localizado às margens da PE 390, procurou a redação do FAROL nessa quarta-feira (8) para denunciar que foram abandonados pela Prefeitura.

O lixão está para ser desativado com objetivo de viabilizar o funcionamento comercial do Aeroporto Santa Magalhães, localizado nas proximidades da rodovia e os catadores alegam que estão desempregados devido a ineficiência da prefeitura.

De acordo com os catadores, o prefeito Luciano Duque prometeu cadastrar as famílias e assegurar trabalho na usina de compostagem que está em construção, mas isso não ocorreu.

“Trabalho aqui há pelo menos 20 anos e agora recebo esta notícia triste. Aqui trabalha sessenta famílias e pelo menos cem pessoas. Tá todo mundo desempregado e sem saber o que fazer. O prefeito prometeu cadastrar todo mundo e arranjar emprego, Mas nada. Já tem gente trabalhando na usina, mas aqui tá todo mundo sem emprego”, desabafou Francisco de Assis de Oliveira, mais conhecido por ‘Tico’.

Ele tem uma renda mensal de R$ 2 mil que mantém a sua família, mas agora não sabe o que fazer. Mas de acordo com Francisco Oliveira, o problema ainda é maior do que se imagina. ”

Tem gente que mora aqui (no lixão) e não sabe para onde vai quando tiver que sair. Quem vai dar casa pra eles? a prefeitura?”, questionou ‘Tico’. Trabalhando há quatro anos no local, Cícero Severino, de 48 anos, diz que só tem a lamentar. “Não tem mais emprego pra ninguém”, reforçou.

O OUTRO LADO

A reportagem entrou em contato com o secretário de Meio Ambiente, Ronaldo Melo Filho, mas ele não respondeu as ligações telefônicas.