selo-farolFotos: Farol de Notícias / Manu Silva

A Semana Santa para os católicos é o período de maior recolhimento e reflexão religiosa em louvor a morte de Cristo. Há diversos costumes religiosos que foram incorporadas pelos fiéis, e não é diferente em Serra Talhada, onde a tradição está dentro das casas sertanejas.

Os católicos mais antigos caracterizam a sexta-feira da Paixão como um ‘Dia Grande’, no qual o sino da igreja não toca, música é proibida, bebida alcoólica que não seja vinho é proibido e o jejum da quaresma é severamente respeitado, tudo em sentimento ao crucificação de Jesus.

Em conversa com o FAROL, Eugênia Ferraz de Sá, 80 anos, uma professora aposentada e antiga fiel da matriz de Nossa Senhora da Penha, diz que em sua família todo o ritual da Semana Santa era muito respeitado. “Nos anos 50, por aí assim, a Semana Santa era uma coisa muito sagrada, na minha casa mesmo era. A Sexta da Paixão é um dia muito grande, ninguém pode trabalhar, não podia ter festa, não podia nem arrumar a casa. A gente passava o dia na igreja. Essa semana mesmo eu estava imaginando o que é a Semana Santa hoje”, relatou dona Eugênia.

Segundo ela, as tradições religiosas estão se perdendo e teme pelo enfraquecimento dos preceitos religiosos. “A gente hoje quase não houve falar da Semana Santa como era antigamente, muito rigoroso o jejum na quaresma inteira, muito respeito. Hoje já é quinta-feira e mal se houve falar das pessoas, nós católicos apostólicos romanos tínhamos que ir para a igreja, meditar, rezar e ficar em penitência”, finalizou.

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