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Por Folha de Pernambuco

Muitos homens, enquanto crescem e se tornam adultos, sofrem com o resultado da circuncisão, um procedimento que consiste na remoção cirúrgica da pele que cobre a glande do pênis, chamada de prepúcio. No entanto, cientistas da Foregen, uma empresa de biotecnologia com sede em Lynnwood, Washington, estão nos estágios de testes iniciais de uma nova técnica para regeneração do prepúcio.

A prática, que tem milhares de anos de existência, é comum em homens que sejam de família islâmica ou judaica, sendo realizada logo após o nascimento. Assim como em americanos, que se veem realizando a circuncisão tanto na infância ou na idade adulta por ela ser amplamente aceita no país como um procedimento benéfico para a saúde do pênis.

Para os testes de fase II, os pesquisadores removeram as células de prepúcios humanos adultos, os quais foram doados após o falecimento, e as recolonizaram com células de rato. Então elas foram implantadas em ratos. A partir disso, foi descoberto que o prepúcio humano se conectou ao suprimento de sangue do hospedeiro animal com rapidez e facilidade.

Já os testes de fase III, dessa vez com aplicação em 15 humanos, vão começar no início do ano que vem. Na primeira parte do procedimento, os prepúcios doados terão suas células removidas antes que as células do paciente sejam cultivadas neles. Em seguida, eles serão então fixados ao pênis do paciente e monitorados quanto à aparência, garantindo que pareçam parte do restante do pênis, e funcionalidade, se a sensação de ter o prepúcio será restaurada.

No momento, a empresa está arrecadando fundos para apoiar sua pesquisa. As doações chegaram a mais de 110 mil reais (cerca de US$ 22.100), dentro da meta de 227 mil (US$ 45.000).

Outros métodos existentes para tentar reverter a circuncisão é a cirurgia de recolocação do prepúcio, na qual a pele retirada de outra área do corpo será o novo prepúcio. Além do uso de um dispositivo que estica gradualmente a pele do pênis para fazer a pele do pênis “crescer” novamente.