Cineasta Agnès Varda, da Nouvelle VagueDo Diario de PE

A cineasta francesa da Nouvelle vague Agnès Varda faleceu nesta madrugada (29), aos 90 anos – anunciaram membros de sua família e equipe nesta sexta à AFP.

“A diretora e artista Agnès Varda faleceu em sua casa na madrugada desta sexta-feira, 29 de março de 2019, em consequência de um câncer. Estava cercada por sua família e amigos”, afirmaram.

Varda, uma figura lendária, trabalhou até o fim de sua vida e no mês passado apresentou um documentário autobiográfico no Festival de Berlim.

Cineasta e fotógrafa autoditada, explorou muitas facetas de cinema e multiplicou as experiências ao longo de sua carreira, que se enquadrava em grande parte no cinema social ou politicamente engajado através de documentários ou filmes dedicados a pessoas modestas ou marginais.

Nascida em 30 de maio de 1928, Varda frequentemente usou sua própria vida como um quadro para o seu trabalho reconhecido com uma Palma de Ouro honorária em Cannes, em 2015, o que fez dela a primeira mulher a receber esta distinção. “Seu trabalho e sua vida estão imbuídos do espírito de liberdade, a arte de ir além dos limites (…) Em suma, Varda parece ser capaz de realizar tudo o que ela quiser”, indicou na ocasião o Festival de Cannes.

Entre seus filmes, tem destaque “Cleo e 5 à 7” (1962), “Os Renegados” (1985), “Janela da Alma” (2001), “As Praias de Agnès” (2009) e “Varda by Agnès” (2019).