Da CNN Brasil

A pedido do procurador-geral, Augusto Aras, o Conselho Nacional do Ministério Público proibiu que a distribuição de processos da Lava Jato no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ocorra sem o aval de uma subprocuradora cuja produtividade já foi questionada por morosidade pelo próprio CNMP.

A decisão, uma liminar, foi dada pelo conselheiro Marcelo Weitzel e marca mais uma etapa na guerra entre integrantes das forças-tarefas da Lava Jato e Augusto Aras.
Procuradores ouvidos pela CNN tratam esse episódio como mais um no “desmonte da Lava Jato”, dessa vez no STJ. A decisão tem o mesmo teor da que suscitou uma renúncia coletiva de procuradores da força-tarefa em São Paulo.

Aras reclamou ao CNMP da distribuição de processos da Lava Jato na força-tarefa que atua no STJ. Weitzel, em sua decisão, afirmou, então, que nenhuma ação pode ser distribuída sem o aval de Áurea Maria Etelvina Nogueira, uma das subprocuradoras que atua na corte que seria a promotora natural dos casos.

Em 2016, Áurea foi alvo de um processo disciplinar no CNMP por acumular mais de 1.600 processos sem qualquer movimentação por seis meses em seu gabinete.