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(Do Portal Uol)

Bogotá, 7 jan (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta quinta-feira que quando as negociações de paz entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) forem retomadas no próximo dia 13, as delegações de ambas as partes farão uma “sessão permanente” em Havana, sede dos diálogos.

Em declaração na cidade de Cartagena, depois de se reunir com vários ministros de seu governo e assessores internacionais com o objetivo de analisar os avanços das negociações, Santos afirmou que essa sessão será iniciada e terminará quando se chegar “ao final deste processo”, com acordos sobre os pontos dos quais ainda não há um consenso.

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O objetivo é assinar o acordo de fim do conflito o mais tardar em 23 de março, como acordaram Santos e o chefe máximo das Farc, Rodrigo Londoño, conhecido como “Timochenko”, na reunião que mantiveram em 23 de setembro em Havana, onde protagonizaram um histórico aperto de mãos. “Muitos temas ainda devem ser esclarecidos, resolvidos e planejados. Precisamos analisar muito bem os diferentes passos para chegarmos o mais rápido possível ao fim do conflito”, comentou o presidente Juan Manuel Santos.

Nos mais de três anos de diálogo entre o governo e as Farc em Cuba, as partes acordaram quatro dos cinco pontos da agenda, os que se referem à questão fundiária, à participação política, drogas e cultivos ilegais, e vítimas, que inclui o controvertido ponto sobre justiça.

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Neste momento, as partes negociam o último dos assuntos da agenda, referente ao fim do conflito. Santos assinalou que, na reunião de hoje, foi discutida a implementação de medidas de segurança nos territórios onde os guerrilheiros devem se concentrar como medida prévia à deposição das armas e para a “segurança rural em geral”.

Sobre essa questão, o presidente assinalou que a Colômbia terá que fazer “um esforço muito grande” e que analisou junto com seus ministros e assessores internacionais “como o fim do conflito, a paz, vai se traduzir em muito mais segurança para todos” os cidadãos do país.