selo-eleições-2016-farolE o jurídico do PR levou mais uma. Agora, contando com a ‘ajudinha’ da própria equipe de assessoria. A coligação ‘O Trabalho vai continuar’, do candidato Luciano Duque (PT), apontou nova irregularidade na campanha do candidato da oposição, Victor Oliveira (PR). Nesta sexta-feira (2), a Justiça Eleitoral acatou nova representação que denuncia a prática de conduta vedada de Victor e o seu candidato a vice, Marquinhos Dantas, durante reunião para apresentação de propostas, nesta quarta-feira (1º), dentro das instalações públicas do Centro Tecnológico Pajeú, no bairro da Várzea.

Ironicamente, o jurídico do PT usou como prova a cobertura da reunião realizada pela própria assessoria do candidato republicano, onde participaram da conversa com Victor e Marquinhos alunos e professores do Itep (CT Pajeú). O fato é proibido por lei, sob o argumento de que pode afetar a igualdade de oportunidades entre os candidatos que disputam o cargo de prefeito.

Com isso, o juiz da 71ª Zona Eleitoral, Marcos César Gadelha, ordenou a imediata abstenção de Victor Oliveira e Marcos Dantas na promoção de encontros ou reuniões políticas, nas dependências de imóveis públicos sob pena de multa de R$ 20 mil, se for descumprida.

Em conversa com o FAROL, por telefone, o advogado da coligação ‘O trabalho vai continuar’, Caio Antunes, admitiu que a própria assessoria de campanha do PR atuou como uma espécie de ‘advogado’ da equipe jurídica de Luciano, que alegou ainda que o encontro ocorreu durante horário de aula.

“A Lei 9.504 junto com a Lei Complementar 64 que versa justamente sobre condutas vedadas aos agentes públicos, proíbe o candidato em época eleitoral de utilizar bens públicos, sejam móveis e imóveis, para realizar esse tipo de reunião. E provamos na petição tudo isso com base no material da assessoria deles. Não podemos fechar os olhos para isso”, analisou Caio Antunes.

 

Noite do encontro: assessoria do PR forneceu material para os adversários

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Foto: Assessoria PR