O cancelamento do cadastro de cinco mil agricultores que vinham recebendo o seguro-safra do Governo Federal, desde 2005, levou o governo municipal a tomar uma medida urgente. Na próxima terça-feira (8), o prefeito Carlos Evandro e o vice Luciano Duque viajarão para Brasília no intuito de tentar convencer o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) a resolver o problema.

“Foi feito um diagnóstico totalmente equivocado e queremos uma revisão dessa quadro. Serra Talhada tem uma área de 2.960 quilômetros quadrados e as chuvas foram mal distribuídas. As famílias precisam muito deste seguro, porque  houve perda de produção”, disse Luciano Duque, que  monitora um trabalho junto às organizações agrícolas.

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Já o vereador Zé Pereira (PT), ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais(STR), garante que há localidades em que as perdas foram de 80% da produção. ” Tivemos pouco mais de 800 mm de chuvas que foram mal distribuidas. Não é à toa que os carros-pipa voltaram a rodar. Falta água em muitas localidades”, disse o vereador, apoiando a iniciativa do prefeito e do vice.

Confiança

Confiante no resultado, Luciano Duque afirma que o governo municipal não medirá esforços para reverter o cenário adverso. “Estamos indo à Brasília porque acreditamos nos nossos argumentos. Não é justo deixar de fora cerca de cinco mil famílias que já contavam com esse dinheiro”, declarou. O Seguro-Safra é no valor de R$ 660. São pagos R$ 76 pelo Governo do Estado, R$ 34 pelo município e R$ 6,50 pelo agricultor. O restante conta com a cobertura do Governo Federal.