Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco

Por Folha de Pernambuco

Um “ataque ao corredor”, termo comum do vôlei, também pode ser usado para explicar o cenário caloroso no desembarque da seleção brasileira masculina da modalidade, nesta quinta (24), no Aeroporto dos Guararapes, no Recife. Dezenas de torcedores formaram uma “fila” para tirar fotos, pegar autógrafos e prestigiar a chegada dos atletas para a disputa do Sul-Americano, que começa no sábado (26) e vai até quarta (30), no Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães.

O levantador Bruninho e o ponteiro Lucarelli foram alguns dos mais tietados pelos pernambucanos. A seleção brasileira chega ao Recife após uma eliminação recente nas quartas de final da Liga das Nações, perdendo por 3 sets a 0 da Polônia (26/24, 25/21 e 25/20).

“Fizemos uma boa Liga, mas infelizmente caímos nas quartas de final para uma equipe fortíssima, que foi a campeã. Não estávamos também nas melhores condições. Hoje estamos um degrau acima na questão física, técnica e tática”, afirmou o técnico Renan Dal Zotto.

Passado o revés, o foco está no Sul-Americano, que servirá de teste final antes da disputa dos Pré-Olímpicos, que acontecem entre os dias 30 de setembro e 8 de outubro. Ao todo, serão três seletivas que definirão os primeiros classificados do esporte para os Jogos Olímpicos Paris 2024, na França.

Uma delas, que terá a participação do Brasil, será realizada justamente no País, com as partidas ocorrendo no Ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. Os brasileiros estão no Grupo A, ao lado de Alemanha, Catar, Cuba, Irã, Itália, República Tcheca e Ucrânia.  Os outros embates das chaves B e C acontecerão na China e no Japão.

“Temos menos de um ano para as Olimpíadas e precisamos analisar como podemos evoluir. O tempo de treinamento é ouro. Nossa equipe não é a mais forte fisicamente, talvez nem a mais talentosa. Precisamos de muito treinamento e sacrifício para estar no nível dos melhores”, disse Bruninho.

Formato do Sul-Americano

Assim como no feminino, o Sul-americano masculino de vôlei é disputado no formato de pontos corridos. Quem ganha por 3 sets a 0 ou 3 a 1, fatura três pontos, com o perdedor zerando. Se a vitória for por 3 sets a 2, ou seja, com o jogo indo para o tie-break, a seleção vencedora leva dois pontos e a derrotada sai com um.

São cinco rodadas ao todo, com cada equipe jogando quatro vezes e folgando uma na tabela. Ao final do campeonato, quem tiver mais pontos é a campeã. Na edição de 2023, estão, além do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia e Peru.

Hegemonia na competição

O Brasil tem uma hegemonia gigante no torneio. Das 34 edições, a seleção ganhou 33 vezes. A exceção foi em 1964, com o título ficando com a Argentina. Competição essa, vale salientar, que não contou com a presença dos brasileiros.

A estreia do Brasil é sábado (26), às 20h30, contra o Peru. No domingo (27), o duelo será perante o Chile, às 19h30. A Colômbia é o adversário da segunda (28), às 20h30. Na terça, os comandados do técnico Renan Dal Zotto folgam, retornando às quadras na quarta (30), contra a Argentina, também às 20h30.

Será a segunda vez que a seleção masculina de vôlei disputará o Sul-Americano no Nordeste. A primeira foi em 2015, em Maceió-AL. Na ocasião, o torneio tinha outro formato de disputa, dividido em dois grupos. Os brasileiros ganharam de Peru, Chile e Venezuela na primeira fase. Na semifinal, superou a Colômbia e, na decisão, venceu a Argentina.