Paulo César é especialista em História Geral e bacharelando em Direito

Vivemos uma nova fase política em terras “brasilis”, temos uma presidenta disposta a fazer uma faxina ética, na economia tudo é um mar de rosa, iremos promover os maiores eventos esportivos do planeta (Copa do Mundo e Olimpíadas), tudo conspira para nos tornamos um dos maiores países do novo milênio. Mesmo diante desse cenário extremamente promissor algo anda errado.

O país que conviveu com uma Ditadura Militar por mais de duas décadas, período em que várias vidas foram brutalmente exterminadas em nome da liberdade, começa-se a resgatar práticas políticas antes abomináveis. O curioso disso é que certas iniciativas partem daqueles que mais defenderam a volta da democracia.

É contraditório que o partido que surgiu em meio a greves de trabalhares em pleno regime militar, seja o primeiro a desclassifica a mais importante e último instrumento reivindicatório da classe trabalhadora. É como se alguns dirigentes petistas nunca tivessem promovido ou participado de uma greve, ou ainda, como se todas as que ele promoveu tivesse sido “civilizadas”.

Greve é uma disputa de interesses, e como qualquer embate mexe com o mocional, sendo assim alguns certamente irão perde a razão e cometerão excessos. Greve não é coisa de outro mundo, basta olharmos as recentes greves gerais na Europa e nos Estados Unidos, com certeza em alguns desses movimentos encontraremos excessos, mas não podemos tira o mérito e a importância das suas reivindicações.

Condenar o direito constitucional do trabalhador a greve, é o mesmo que voltarmos aos tempos de chumbo. Querer criar instrumentos para controlar a imprensa, é o mesmo que defender a censura. Não há dúvidas que alguns políticos não estão preparados para o poder, ou talvez o poder seja muito grande para alguns político de alma pequena. Porque não se justifica tamanho retrocesso, tanto a nível nacional, como estadual.

Em Pernambuco o processo é mesmo, muda o partido, mas não prática. Isso quer dizer que mesmo que o estado esteja em largo processo de desenvolvimento econômico, as práticas políticas são as piores possíveis. O tudo poderoso Eduardo Campos, o Dudu Beleza, ou melhor, Dudu Malvadeza, deita e rola, não respeita ninguém. Paga o pior salário de professor do país, não respeita os servidores públicos, trata com violência os estudantes e persegui os jornalistas
que ousam mostrar a verdade.

É uma pena que a maioria dos jornais, sindicatos, movimentos sociais e alguns partidos estejam não mão desse estelionatário político, pois de democrático ele não tem nada, sua postura é equivalente a de um CORONEL egocêntrico, vingativo e perseguidor. Pelo estado a fora muito seguem esse CORONEL, praticando a mesma política e idolatrando as suas façanhas ditatoriais.

O bom da vida e da política é que nada é para sempre, assim como absolutismo chegou ao fim com Revolução Francesa e o Nazismo foi derrotado pelas forças aliadas, os ares dos novos tempos continuaram soprando e as velhas práticas políticas irão ruir, e juntos cairão todos aqueles que acham e acreditam que democracia é processo único é pessoal, mal lembram eles que a democracia é como foi dito por Aristóteles, é feita do povo e para o povo!