Da Folha de PE

Um preso morreu, quatro outros ficaram feridos e dois agentes penitenciários foram baleados em uma confusão, nesta segunda-feira (26), no Complexo Prisional do Curado, no bairro do Sancho, na Zona Oeste do Recife. Os agentes foram atingidos na perna e no peito e levados para o Hospital Otávio de Freitas, no bairro de Tejipió, também na Zona Oeste. O tumulto aconteceu no Presídio Frei Damião de Bozzano, um dos que integra o Complexo.

O detento que morreu foi identificado como Anderson Luiz de Souza, de 19 anos. Ele estava preso por assalto a banco. O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado. Já os detentos feridos foram identificados como Emerson Tertulino Gomes de Cabral, 26 anos; Alexandre Felipe da Silva, 36 anos; José Robson Moura da Paz, 26 anos; e Alexsandro Pereira de Souza, 24 anos. Por volta do meio-dia, os feridos começaram a sair da unidade para receber atendimento médico.

Os cinco presos teriam tentado fugir do presídio. Eles teriam rendido funcionários da enfermaria e os agentes penitenciários e feito um escudo humano para tentar sair da unidade prisional. No início da tarde desta segunda (26), familiares protestaram na porta do presídio, reclamando da falta de informações sobre o estado dos presos.

Os detentos, inclusive, chegaram a pegar as chaves dos veículos dos servidores para fugir. No momento em que os detentos faziam o escudo humano, houve troca de tiros. Os presos, no entanto, estavam com coletes e armas, que foram pegos dos agentes de segurança do local. O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, informou que nenhum detento fugiu.

Eurico também informou que os agentes penitenciários passam bem e não correm risco de morrer. A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) confirmou que houve um tumulto na unidade prisional e disse que ainda está sendo feito o levantamento da ocorrência. Peritos criminais foram encaminhados ao local. Também foram enviadas as forças policiais da Tropa de Choque, K9 (cães), Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe) e Grupamento de Apoio Tático Itinerante (Gati). Uma vistoria foi feita nos presos.