Do JC Online

A cantora Kaê Guajajara faz sua estreia no Recife nesta sexta-feira (9), ocupando o palco do Teatro do Parque, dentro do projeto Seis e Meia. Em seguida, também fará shows em São Luiz (10 e 11), Manaus (16 e 18).

A artista divulga o disco “Kwarahy Tazyr“, realizando um espetáculo totalmente sincronizado com o lançamento. Considerado o primeiro álbum visual indígena da música brasileira, o projeto tem direção de Kandú Puri e realização do selo artístico indígena Azuruhu.

Na capital pernambucana, as entradas custam R$ 100, R$ 60 + 1kg de alimento não perecível e R$ 50 (meia). Ingressos disponíveis na plataforma Sympla e no ponto de venda Loja Vagamundo, do Shopping Boa Vista.

Quem é Kaê Guajajara

Expoente do que se convencionou como Música Popular Originária (MPO), Kaê Guajajara nasceu em Mirinzal, no Maranhão, mas se mudou para o complexo de favelas da Maré (RJ) ainda criança.

A artista teve sua vida marcada por preconceitos e racismo por conta de seus traços e origem. Mais que uma expressão artística, ela vê na música uma forma de resistir e se manifestar contra o silenciamento dos povos originários imposto pelos colonizadores e perpetuada até hoje pelos seus descendentes.

“A circulação nacional da Música Popular Originária é essencial para celebrar a vida e a arte dos povos indígenas, ainda homenageados como folclore, mas pouco reconhecidos como potência contemporânea para um diálogo primordial que é o do bem viver coletivo”, diz Kaê.

Ouça o Kwarahy Tazyr

Kwarahy Tazyr“, título do seu álbum, significa “Filha do Sol” em zeeg’ete, língua do povo indígena Guajajara. O trabalho oferece uma nova perspectiva sobre a colonização a partir de composições oriundas dos sonhos de Kaê – uma técnica ancestral de se receber os cantos.