Do JC Online

Após o fim das convenções, foram definidos os nomes que irão disputar a Presidência da República em 2018. Foram indicados 13 candidatos, entre eles, Lula, que está preso desde abril e ainda terá sua elegibilidade julgada pelo STF, correndo o risco de não poder participar da corrida presidencial.

Caso sua candidatura seja cassada, Fernando Haddad, apresentado, no momento, como vice de Lula, assume a disputa pelo cargo de presidente com Manuela D’ávila, que desistiu de uma candidatura própria, como sua provável vice. O MDB, sem alianças, confirmou o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles para a concorrência. Já Marina Silva, agora pelo Rede, irá tentar o Planalto pela terceira vez consecutiva.

Além deles, concorrem ao cargo: Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Jair Bolsonaro (PSL), João Amoêdo (Partido Novo), João Goulart Filho (PPL), José Maria Eymael (DC) e Vera Lúcia (PSTU). Saiba um pouco mais sobre cada um dos 13 candidatos:

ÁLVARO DIAS (PODEMOS)

O senador Álvaro Dias foi escolhido pelos convencionais do Podemos para ser candidato à Presidência da República. A candidatura do parlamentar pelo Paraná foi oficializada em Curitiba, durante convenção nacional do partido. Na primeira fala como candidato, Álvaro Dias anunciou que, se eleito, vai convidar o juiz federal Sergio Moro para ser ministro da Justiça, e repetiu a promessa de “refundar a República”. Ele vai compor a chapa com o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, cujo partido, o PSC, havia decidido lançar candidatura própria à Presidência, mas desistiu em favor de uma aliança com o Podemos. Além do PSC, fazem parte da coligação até agora os partidos PTC e PRP.

CABO DACIOLO (PATRIOTA)

A convenção nacional do Patriota oficializou a candidatura do deputado federal Benecuto Daciolo Fonseca dos Santos, o Cabo Daciolo. O evento ocorreu no município de Barrinha, no interior de São Paulo. O candidato foi escolhido por unanimidade. A candidata a vice é Suelene Balduino Nascimento, do mesmo partido. Ela é pedagoga com 23 anos de experiência e atua na rede pública de ensino do Distrito Federal. Daciolo defende mais investimentos em educação e segurança por considerar áreas essenciais para o crescimento do País. Em discurso durante a convenção, Daciolo se posicionou contrário à legalização do aborto e ao que ele identifica como “ideologia de gênero”.

CIRO GOMES (PDT)

O PDT confirmou no dia 20 de julho a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, na convenção nacional que reuniu filiados do partido. A candidata a vice ainda será formalizada, mas o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, antecipou que a vaga será preenchida pela senadora Kátia Abreu (PDT). O pedetista firmou parceria apenas com o Avante. Esta é a terceira vez que Ciro Gomes será candidato à Presidência da República: em 1998 e 2002 ele concorreu pelo PPS. Natural de Pindamonhangaba (SP), construiu sua carreira política no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e governador do Estado, eleito em 1990. Renunciou ao cargo de governador, em 1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco (1992-1994), por indicação do PSDB, seu partido na época. Ciro Gomes foi ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do ex-presidente Lula. Tem 60 anos e quatro filhos.

GERALDO ALCKMIN (PSDB)

Em convenção nacional realizada na capital federal, o PSDB confirmou, no último sábado (4), a candidatura do presidente do partido e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência da República nas eleições de outubro. Dos 290 votantes, 288 aprovaram a candidatura do ex-governador de São Paulo. Houve um voto contra e uma abstenção. A senadora Ana Amélia (PP-RS) é a vice na chapa. No primeiro discurso como candidato, Alckmin disse que quer ser presidente para unir o País e recuperar a “dignidade roubada” dos brasileiros. Ele defendeu a reforma política, a diminuição do tamanho do Estado e a simplificação tributária para destravar a economia.

GUILHERME BOULOS (PSOL)

O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi lançado no dia 21 de julho como candidato à Presidência da República pelo PSOL, na convenção nacional em São Paulo. Também foi homologado o nome de Sônia Guajajara, representante do povo indígena, para vice-presidente. Boulos destacou que irá defender temas que pertencem aos princípios do partido, como o direito ao aborto e à desmilitarização da polícia.

HENRIQUE MEIRELLES (MDB)

O MDB confirmou hoje, no dia 2 de agosto, o nome de Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda, como candidato à Presidência da República. O partido informou que Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul, será o vice na chapa. Henrique Meirelles destacou como prioridades investimentos em infraestrutura para diminuir as distâncias no País, além de saúde e segurança pública. O presidenciável também prometeu reforçar o Bolsa Família. Para gerar empregos, Meirelles disse que pretende resgatar a política econômica, atrair investimentos e fazer as reformas para que o País cresça 4% ao ano.

JAIR BOLSONARO (PSL)

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), 63 anos, foi confirmado, no dia 22 de julho, como o candidato à Presidência da República nas eleições deste ano pelo PSL. O vice é o general Hamilton Mourão, do PRTB. Na convenção, Bolsonaro adiantou que, se eleito, quer excluir o ministério das Cidades e fundir pastas como Fazenda e Planejamento, assim como Agricultura e Meio Ambiente. O candidato prometeu ainda privatizar estatais.

JOÃO AMOÊDO (PARTIDO NOVO)

João Dionisio Amoêdo foi oficializado candidato à Presidência da República pelo Partido Novo durante convenção na capital paulista, no último sábado (4). O cientista político Christian Lohbauer foi escolhido como candidato a vice-presidente. Entre as principais propostas de Amoêdo estão equilibrar as contas públicas, acabar com privilégios de determinadas categorias profissionais, melhorar a educação básica e atuar fortemente na segurança. O presidenciável também é favorável à revisão do Estatuto do Desarmamento. João Amoêdo disse que quer levar renovação à política e mudar o Brasil. O presidenciável defendeu a privatização de empresas estatais.

JOÃO GOULART FILHO (PPL)

O PPL lançou João Goulart Filho como candidato à Presidência da República. Ele é filho do ex-presidente João Goulart, o Jango, que teve mandato presidencial de 1961 a 1964, interrompido pela ditadura militar. É a primeira vez que João Goulart Filho concorre ao cargo. O candidato a vice é Léo Alves, professor da Universidade Católica de Brasília. Algumas propostas do candidato são a redução drástica dos juros da dívida pública para dar condições ao Estado de investir no desenvolvimento social, o resgate da soberania, o controle das remessas de lucros das empresas estrangeiras e a revisão do conceito de segurança nacional.

JOSÉ MARIA EYMAEL (DC)

O partido Democracia Cristã (DC) confirmou, no dia 28 de julho, durante convenção na capital paulista, a candidatura de José Maria Eymael à Presidência da República, nas eleições de outubro, e do pastor da Assembleia de Deus Helvio Costa como vice-presidente. Na área econômica, as diretrizes gerais de governo do DC incluem política macroeconômica orientada para a diminuição do custo do crédito ao setor produtivo, apoio e incentivo ao turismo e a valorização do agronegócio com ações do governo específicas, que ainda não foram divulgadas, e apoio aos pequenos e médios produtores rurais.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA (PT)

A convenção nacional do PT escolheu, por aclamação, no último sábado (4), o nome do ex-presidente Lula para ser o candidato à Presidência da República. O encontro também homologou o apoio do PCO e do PROS à candidatura do PT. Ontem, por meio de carta enviada à Executiva do PT, Lula indicou Fernando Haddad para ser o vice. Lula está preso em Curitiba desde 7 de abril, após ter sido condenado em segunda instância no caso do triplex de Guarujá. Com elegibilidade ainda a ser julgada e correndo o risco de ter a candidatura cassada, Haddad pode assumir o lugar do ex-presidente na disputa, passando a ter Manuela D’ávila (PCdoB) como vice.

MARINA SILVA (REDE)

A primeira convenção nacional da Rede Sustentabilidade confirmou, por aclamação, no último dia 4, o nome de Marina Silva como candidata da sigla à Presidência da República. O candidato a vice na chapa, o médico sanitarista Eduardo Jorge, do Partido Verde (PV), também foi apresentado oficialmente no encontro. A presidenciável prometeu uma campanha limpa, sem notícias falsas e sem destruir biografias. Comprometeu-se com as reformas da Previdência, tributária e política, que acabe com a reeleição e incentive candidaturas independentes. Se eleita, Marina também disse que pretende fazer uma revisão dos “pontos draconianos” da reforma trabalhista que, segundo ela, seriam feitas a partir de um diálogo com o Congresso.

VERA LÚCIA (PSTU)

Em convenção nacional, o PSTU oficializou, no dia 20 de julho, a candidatura de Vera Lúcia à Presidência da República e de Hertz Dias como vice na chapa. A escolha foi feita por aclamação pelos filiados ao partido presentes na quadra do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, na zona leste da capital paulista. De acordo com Vera Lúcia, o plano de governo prevê reforma agrária, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e um plano de obras públicas para atender às necessidades da classe trabalhadora. O PSTU decidiu que não fará nenhuma coligação para a disputa presidencial, nem alianças nas eleições estaduais.