gilsonMuitos servidores públicos municipais de Serra Talhada estão recebendo cartas de ameaças do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) pela não quitação de empréstimos consignados com as instituições financeiras. Entretanto, o servidor tem sofrido o desconto no contra-cheque, mas a prefeitura não vem repassando para os bancos. O alerta foi feito pelo vereador Gilson Pereira (PSD), nessa segunda-feira (14), indignado com o comportamento do governo Luciano Duque.

“Isso é apropriação indébita e é crime. Todo os dIas tem gente me procurando fazendo relatos deste tipo e o meu conselho é apenas um: procurem o Ministério Público e denunciem. Além de ser um ato irresponsável do prefeito, também é crime”, disse o vereador Gilson Pereira, em conversa com o FAROL.

Durante a sessão ordinária na Câmara, Gilson Pereira aproveitou para cobrar, de forma veemente, uma resposta do prefeito Luciano Duque sobre o assunto.”Ora, o prefeito vem recolhendo do servidor e não repassa para o banco. Isso vai estourar”, alertou.

A operação não está limitada apenas aos servidores. Há cerca de 15 dias, a redação do FAROL recebeu a visita de um aposentada, que revelou ter recebido uma carta da da Caixa Econômica Federal (CEF) lhe cobrando um débito de R$ 392,00 vencido no mês de julho. “Será que vou ficar com o meu nome sujo por culpa da prefeitura?”, questionou a aposentada pedindo anonimato.

O OUTRO LADO

A reportagem do FAROL conversou com a secretária de Finanças, Cibelli Alves, que rebateu as declarações do vereador. Segundo ela, assim que ouviu a denúncia, de pronto procurou a gerência da Caixa Econômica Federal para cobrar respostas.

“A prefeitura não vem fazendo isso. Estamos repassando os consignados. Acredito que seja casos pontuais e aconselho o servidor procurar a gerência do banco porque, repito; estamos em dia”, declarou. Cibelli Alves também comentou sobre o caso da aposentada que procurou a redação do FAROL com uma carta de cobrança. “As vezes acontece do servidor está recebendo no Bradesco, por exemplo, e quando se aposenta vai para a Caixa. Pode ter acontecido algum problema. Mas estamos quites com os consignados”, reforçou a secretária de finanças.