impostos

(Do Correio Brasiliense)

Não foi fácil fechar as contas de 2015 e janeiro já começa com a caixa de correspondência lotada. As dívidas acumuladas no Natal e as despesas de início de ano, como colégio dos filhos e material escolar, começam a chegar. Além das cobranças habituais e a inflação que chega aos 10%, o consumidor brasiliense pode preparar o bolso para gastar ainda mais em 2016. Especialistas em finanças alertam: para conseguir pagar em dia os impostos que virão mais caros este ano, é bom se planejar. O IPVA e o IPTU, por exemplo, sofreram reajustes significativos e estão até 15% mais caros.

Até a TV por assinatura está mais cara: o IMCS do serviço subiu de 10% para 15%. O material escolar, segundo previsão da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (Abfiae), deve encarecer 10%. As matrículas em instituições particulares também tiveram um salto: a Federação Nacional de Escolas Particulares (Fenep) estima um reajuste médio de 11%. Em algumas escolas, o acréscimo foi superior e chegou a 20%.

 A população tem de ficar alerta para não perder os benefícios. O prazo para indicar os créditos do programa Nota Legal começa hoje e vai até o fim de janeiro. Eles podem dar desconto no IPVA e no IPTU, que começam a ser pagos em março e junho, respectivamente. Além de informar o CPF nas compras de produtos, para resgatar o benefício, é necessário se cadastrar no site do programa (www.notalegal.df.gov.br) — quem já tem registro deve manter os dados atualizados. Quase 1 milhão de consumidores estão cadastrados no sistema.

Para não perder ainda mais dinheiro, atenção redobrada a possíveis trotes. Ontem, nas redes sociais, um consumidor denunciou o recebimento de um boleto de IPVA falso em sua casa. Segundo o depoimento, isso aconteceu com várias pessoas e todos os dados de cobrança estão corretos, apesar de o parcelamento do tributo não ter começado. O economista Felipe Chad soube do trote e recomenda que as pessoas procurem o site oficial do governo para conferir se o boleto real é o mesmo que chegou na caixa postal.

Aperto no cinto

Segundo Chad, não será fácil manter as contas em dia em 2016. “A população tem muitos compromissos, que vão desde a escola dos filhos até o seguro do carro. A dica que damos é apertar o cinto o máximo que der. Apesar de o salário mínimo ter aumentado, os impostos todos estão mais caros”, diz. A recomendação é cortar gastos supérfluos. “As pessoas terão que abrir mão de algum privilégio. Deixar de frequentar restaurante, pensar em colocar os filhos numa escola mais barata”, acredita. Negociar preços é outra dica: “Imposto, não tem como pechinchar. Então, tentar consumir produtos por preços mais baixos é sempre válido”, indica.