Coordenadora da Biblioteca de ST emite nota sobre reformas

Publicado às 05h38 desta terça-feira (20)

Após relato de estudantes, concurseiros e pré-vestibulandos, publicado neste sábado (17), sobre o fechamento da Biblioteca Municipal de Serra Talhada, a coordenadora da biblioteca, Glalcimar Inacio de Albuquerque, entrou em contato com com o Farol de Notícias nesta segunda-feira (19),  para explicar o motivo. 

Os estudantes relataram que a Biblioteca Municipal foi fechada sem comunicado, e que estão sendo prejudicados; também sugeriram que fosse providenciado um novo local enquanto aguardam a finalização da reforma, que não tem prazo para entrega.

A coordenadora da biblioteca, Glalcimar Inácio, contou para o Farol que a reforma tinha urgência, dadas as circunstâncias, urina de morcegos que escoavam para dentro da biblioteca, além de outros problemas que poderiam causar acidentes aos usuários. Após a nota da coordenadora confira as fotos tiradas por Celso Garcia/Farol de Notícias.

Leia a nota explicativa da coordenadora da Biblioteca Municipal, Glalcimar Inacio:

“Sou coordenadora da biblioteca desde 2014, entrei aqui em  2013, mas como coordenadora em 2014. De lá para cá, já tivemos muitas demandas, de alunos perguntarem sobre ar condicionado, livros novos, sobre acesso à internet; que não existia quando eu cheguei aqui. Fui atrás de tudo isso e consegui, uma luta que a gente vai conquistando aos poucos. 

Diante do fato comunicado, que a biblioteca estava sendo fechada devido às más informações, não foi mal informação. Começou pelo aviso que sempre deixo na porta. Antes de deixar o aviso na porta, eu sempre falo com os alunos. 

Eu venho sempre conversando com eles sobre uma infiltração, que está tendo na parte da estante, perto dos livros, de urina de morcegos; que é insuportável o mal cheiro para a nossa saúde e para os usuários, a gente pensa mais neles do que na gente. 

A gente tem que ver o seguinte, fui tentando remediar, pedi a Secretária de Educação, ela mandou pessoas para limparem a calha, tiraram  muita sujeira e diminuiu mais. Nisso, alunos também vinham reclamando sobre o mal cheiro. 

Eu não fechei dia 20. Para fechar a biblioteca, eu tenho que primeiro falar com a secretária, com ajudante, com as minhas funcionárias, com os alunos, para poder chegar em um consenso. Muitos disseram: ‘Realmente não tinha condições de permanecer com o mal cheiro’. Outro ponto foi as  tomadas, que eles estavam exigindo muito, para trabalhar com o seu notebook. Quem não tem notebook, a gente disponibiliza dois computadores, para qualquer momento, qualquer hora e qualquer estudo que eles quiserem. 

Para isso, foi preciso eu chegar e conversar. Os alunos que estavam presentes sabem que eu sempre trabalhei para todos. Quem estava no dia, eu conversei, disse que eu ia fazer isso, que ia precisar de uma pintura, de uma reforma no banheiro, que está com a descarga quebrada. A parte dos morcegos tem que ser derrubada para fazer outra nova, porque não tem como permanecer com o mal cheiro. 

A melhor sala que nós tínhamos na biblioteca, o presidente da câmara pediu para fazer a carteira digital, mas não deu certo. Fui atrás de vereadores para me ajudarem a conseguir a sala de volta, depois entrei num consenso: ‘Olhe, o prédio não é meu. A luta que eu poderia fazer, já lutei. Pedi a várias pessoas, até a ele mesmo, o presidente da câmara’. Ele disse: ‘Glalcimar, no momento eu não tenho como entregar essa sala, porque eu preciso colocar a parte de documentação nesta sala’. Ele precisa do prédio, que pertence à câmara; então, eu tive que estudar uma maneira para a situação, para os usuários estudarem na sala. 

Tirei a parte das plantas e estou fazendo uma sala. Estão fazendo a sala, vão tirar o gesso para tirar o mal cheiro, colocar calha, outro gesso novo. Neste caso, não tenho como dizer assim: ‘Fechei dia 20, para o dia 28 eu voltar’. Eu fechei dia 28, mas todos os dias nós estamos trabalhando com todos os funcionários; um funcionário pela manhã e outro à tarde. 

Como os pedreiros chegam às 8h e saem às 16h, eu tenho obrigação de estar aqui dentro, para ver como a situação está andando. As tomadas que não tinha, e as quebradas que foram trocadas, mandei fazer mais 12 partes de tomadas. Mandei ajeitar um balcão que estava quebrado, está todo reformado. A parte que tinha balcão, que era com gesso, caiu quando um aluno estava com o seu notebook; e ele mesmo socorreu a gente, tirando as peças [gesso] e jogando fora. Chegou o momento de dizermos assim: ‘Chega, nós temos que fazer isso aqui, antes que aconteça um prejuízo maior. 

Essa verba, eu já vinha pedindo há muito tempo; muito antes da pandemia; se ela chegou agora, eu não ia deixar voltar. Estamos precisando, é para eles.

Disseram que eu tinha que procurar um local para eles estudarem, como a Fafopst. A Fafopst é uma faculdade que só abre às 16h da tarde, a biblioteca, só serve para eles lá. Falaram também que o ar condicionado de lá não presta, que a internet não presta, que eu tentasse falar sobre isso, sobre a Fafopst. Isso jamais.

Eu sei que aqui dentro a gente tem ar condicionado de primeira; internet, muito boa, que foi colocada há muito tempo. Nós compramos água para eles. A cozinha tem geladeira; trazem comida e lanche e colocam aqui. Sei que é um momento que precisa de rapidez para eles estudarem para concurso, que há vários concursos que estão aparecendo no momento, como o ENEM.

Previsão para o término da obra

Previsão eu não tenho. Eu achava que era 10, 15 dias. Estamos trabalhando por igual, não tem nenhum sentado, para poder dizer assim: ‘Eu ganhando, porque é da prefeitura…’. Não! Não tem nenhum sentado. Estou tomando antialérgico todos os dias para poder estar aqui, estou até me prejudicando. E jamais eu quero prejudicar nenhum aluno, eu quero o bem deles. 

Estou aqui para qualquer momento que precisarem de mim. A porta está aberta. Tenho mais de 20 pessoas na lista que dei meu número particular, para entrar em contato com todos eles. Quase toda semana mando mensagens para eles: ‘Estamos terminando isso, estamos fazendo isso’. Abri um Instagram para eles acessarem, para que, quando a biblioteca estiver pronta, vou ao Farol comunicar: ‘A biblioteca está sendo aberta’. 

Coordenadora da Biblioteca de ST emite nota sobre reformas

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