Publicado às 13h20 desta quarta-feira (23)

Muitos brasileiros estão bastante otimistas em relação à Copa do Mundo deste ano. O Campeonato Mundial de Futebol FIFA de 2022 começou neste domingo (20) no Catar, e deve seguir até o dia 18 de dezembro. O torneio internacional de futebol masculino tem aquecido as vendas no mundo inteiro.

No Centro de Serra Talhada, é possível ver vários camelôs e comerciantes vendendo, principalmente, camisas relacionadas à Copa, as amarelas e as azuis são as que mais têm se destacado, mas é possível encontrar pretas e verdes também. Apesar disso, segundo os vendedores, a preferência é pela azul. 

Percebendo a movimentação no Centro da cidade, o Farol de Notícias ouviu vendedores ambulantes e comerciantes, que apesar do aquecimento das vendas na última semana, reclamam do aumento do preço por parte dos fornecedores, e lamentaram porque ficou em média de R$ 5 a R$ 7 mais cara de uma semana para outra; pois se preocupam com seus clientes que também terão que pagar mais, uma vez que o repasse do reajuste se torna inevitável.

Relataram também a dificuldade para comprar camisas para a Copa junto aos fornecedores, que segundo eles, estão em falta. Fora isso, disseram que, como em todas as copas anteriores, as vendas estão boas. 

Rivaldo Valentim de Lima, 62 anos, natural de Belo Jardim, reside em Serra Talhada desde 1975

“A gente que é comerciante sabe que na época da Copa do Mundo começa a existir uma procura por material esportivo. Nesta semana, completou 15 dias que eu fui a Caruaru. Nesta última viagem, que foi ontem, deu trabalho para encontrar, porque a procura foi muito grande, e eu tive que pagar mais por esta mercadoria. Tipo uma propina, mercadoria que eu comprava por R$ 20, comprei por R$25, R$ 27. Isso faz parte, a gente sabe como é esse brasilzinho, cheio dessas situações. Quando a demanda cresce, existe o meio do aumento. A gente repassa para o povo e eles acham que a gente aumentou, mas foi o fabricante, o repassador. Graças a Deus! assim mesmo, eu creio que essa semana as vendas ficarão ainda melhor”, disse Rivaldo, acrescentando:

“Eu sempre tenho material esportivo para vender. Hoje, eu digo que a procura pelas camisas da Copa é de 60% a 70%. Tenho calção e camisa, tanto feminina, como masculina, PP, de recém nascido até a GG. Para o público infantil, para recém-nascido é mais procurado, porque muitas pessoas têm a antiga, aí querem usar. Hoje, como a azul está muito bonita, é a mais procurada. Digamos que eu já vendi material esportivo para aproximadamente oito ou nove Copas. Eu sempre vendo material esportivo, mas quando chega a época da Copa investimos mais nela, porque a demanda é maior.Tudo depende do Brasil vencer as partidas, conforme vai ganhando, vai crescendo a procura. Quando perde, dá uma pancadinha no comércio, mas quando ganha reativa de novo. Esperamos que dê certo e que o Deus do Céu Todo Poderoso abençoe os brasileiros”.

José Osni da Silva Lima, 37, há mais de 15 anos vendendo material esportivo, já vendeu três Copas. 

“As camisas estão ficando mais difíceis de comprar por encomenda, viajo também. Dessa vez, tive mais dificuldade para encontrar, eu acho que devido à demanda, o Brasil todo pedindo. Ficou difícil encontrar, porque acabou. Aumentou o preço, aumentou até R$ 5, R$ 7, mas as vendas melhoraram muito por causa da copa. Tomara que ele ganhe. A seleção está boa, os jogadores estão todos bem. Eu acho que o Brasil é favorito”. 

Rildomar Soares do Nascimento, 30 anos, é camelô há cinco anos

“É a primeira vez que estou vendendo camisas para a Copa do Mundo. A semana passada vendi bastante, graças a Deus! As pessoas procuram muitas informações sobre camisas, shorts. Para a Copa do Mundo está saindo muito. Muitos vendedores já pegaram estoque de camisas. É o pai que vem comprar para as crianças, ou só para ele. Estou tendo P, M, G, GG. Procuram short da seleção também, mas não sai muito. Comecei a vender as camisas agora, há umas três semanas. Quanto mais se aproximam os jogos, mais a procura aumenta. Inclusive entre jovens de 16, 15, 14 anos”.