Do Metrópoles

 

Pela primeira vez na história, as eleições presidenciais terão duas chapas formadas inteiramente por mulheres nos cargos de presidente e vice. A marca foi atingida com a confirmação de Mara Gabrilli (PSDB) como vice na campanha de Simone Tebet (MDB). No domingo, o PSTU oficializou a candidatura de Vera Lúcia ao lado da indígena Kunã Yporã, conhecida também como Raquel Tremembé.

A primeira e única chapa 100% feminina que disputou vaga no Planalto era formada por Ana Maria Rangel (PRP) e Delma Gama (PRP), no pleito de 2016. Na ocasião, elas receberam 126 mil votos válidos. Não houve registro de candidaturas constituídas apenas por mulheres nas eleições presidenciais seguintes.

As mulheres têm ampliado de forma tímida a participação na corrida presidencial desde a redemocratização. Em 2014, foi o recorde, quando Dilma Rousseff (PT), Luciana Genro (PSol) e Marina Silva (PV) concorreram como cabeças de chapa. Veja o histórico:

 

 

 

 

Este recorde também foi batido com a confirmação da candidatura de Soraya Thronicke, pelo União Brasil. Assim, o pleito deste ano terá a maior participação feminina na disputa à presidência, com quatro candidatas. Até o momento, foram oficializadas, além de Thronicke, Vera Lúcia, Simone Tebet e Sofia Manzano (PCB).

Vera Lúcia, do PSTU

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No entanto, apesar das marcas históricas, as perspectivas para essas candidaturas não são tão positivas. Nas pesquisas mais recentes, nenhuma das concorrentes não chegou a marcar 3% de intenção de voto. A melhor posicionada nos levantamentos é Tebet, que varia entre 1% e 2%.

Estados

Em relação às eleições para governador, apenas três estados registraram, até o momento, chapas formadas inteiramente por mulheres. São eles: Minas Gerais, com Lorene Figueiredo e Ana Paula Azevedo, na chapa do PSol e Renata Regina e Tuani Guimarães, do PCB; Pernambuco, com Raquel Lyra (PSDB) e Priscila Krause (Cidadania); e Piauí, onde concorrem Madalena Nunes e Cynthia Falcão também do PSol.

Tratando-se das chapas encabeçadas por elas, independentemente de ter ou não vice feminina, 13 das 27 unidades da federação não têm mulheres concorrendo ao governo — Alagoas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

No pleito de 2018, Fátima Bezerra (PT) foi a única mulher eleita governadora. Ela venceu as eleições no Rio Grande do Norte e, neste ano, disputa a reeleição.