Publicado às 08h26 desta segunda-feira (10)

Os dias atuais têm sido bastante propícios para o desencadeamento de transtornos mentais.  Com o avanço da pandemia, as pessoas continuam tendo que passar mais tempo em casa, sendo privadas de suas atividades sociais para garantir proteção contra o vírus que não escolhe pessoa quando quer atingir.

O estresse gerado pelo trabalho, que na maioria dos casos, está presente com maior intensidade dentro do próprio lar, com a modalidade “home Office”. Tudo isso, junto com os afazeres domésticos diários, as crianças que também estão em casa na modalidade de estudo online, têm gerado uma crescente série de problemas de saúde mental, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Diante disso, priorizar a saúde mental é essencial para a promoção de uma boa qualidade de vida, por conta disso, se faz preciso estar atento aos sinais que indicam a real necessidade de realizar uma consulta com o psicólogo, psiquiatra ou psicanalista”, enfatiza o psicanalista, palestrante sobre dependência química e diretor do Grupo Recanto, Fabrício Selbaman.

Apesar de todo esse cenário atual, boa parte da população ainda vê os profissionais de saúde mental com preconceito, pois, as pessoas mantêm uma falsa crença sobre esse tema, como por exemplo: “psiquiatra é coisa de gente doida”.

Outra questão que por muitas vezes não está clara para a população é a finalidade de cada profissional. Perguntas como: quando procurar um psicólogo ou quando procurar um psiquiatra são mais frequentes do que parecem. E por muitas vezes a própria família do paciente, que está em questão, ainda não sabe diferenciar a função de cada um na melhora da qualidade de vida do familiar.

Segundo o especialista Fabrício Selbaman, “uma das principais diferenças se encontra na formação de ambos, afinal o psiquiatra é um profissional que precisa fazer graduação em medicina e logo após isso, se especializar em psiquiatria. Diante disso, ele trata das questões relacionadas a condições mentais patológicas, que podem ser tanto genéticas quanto adquiridas”, explica Fabrício.

Por conta de sua formação em medicina, ele pode fazer a prescrição de tratamentos com medicamentos específicos de acordo com a demanda do paciente. A prescrição de medicações pode ocorrer como uma forma de intervenção psiquiátrica para o manejo de sintomas que impeçam o paciente de ter uma boa qualidade de vida.

Já os psicólogos são graduados em psicologia e trabalham em questões relacionadas a problemas de ordem psicológica e comportamental. Sua intervenção se encontra voltada ao controle de desordens mentais, auxiliando o paciente na identificação de atitudes, pensamentos, sentimentos e emoções que podem prejudicar a sua saúde mental.