Foto: Franck Fife/AFP

Por Folha de Pernambuco

Capitã da seleção da Austrália e estrela do Chelsea, a atacante Sam Kerr revelou em seu livro “My Journey to the World Cup” (em português, “Minha Jornada para a Copa do Mundo”) que cortou o cabelo curto e fingiu ser um menino por anos para para conseguir ser atleta de divisões de base em seu país.

Kerr conta que aderiu ao disfarce porque não queria ser tratada de maneira diferente nem deixar de jogar apenas por ser uma menina. “Naquela época, não havia times de meninas na minha região para eu participar”, ela escreveu.

Mais tarde, ela acabou sendo impedida de jogar por seus pais e treinador por estar sempre se machucando em campo. Quando Kerr chegou em casa com um olho roxo e o lábio ensanguentado após uma partida, sua família deu um basta na situação e a proibiu de continuar.

“Por melhor que eu fosse em campo e por mais que adorasse jogar, as diferenças físicas entre os caras e eu acabaram se tornando muito evidentes e o jogo era muito difícil”, afirmou. “Eu estava apanhando tanto no campo que estava se tornando um grande problema.”

Atualmente, Kerr é a maior jogadora de futebol do país e a mais bem paga da Copa do Mundo Feminina 2023, com um salário de cerca de R$ 2,52 milhões no Chelsea, na Inglaterra.

As australianas enfrentam a seleção da Inglaterra na semifinal da Copa Feminina nesta quarta-feira (16) às 7h (horário de Brasília).